Imprensa internacional repercute discurso de Bolsonaro na ONU
Jornais criticaram o presidente por não estar imunizado e por defender "tratamento precoce"
SBT News
A imprensa internacional repercutiu negativamente o discurso do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) proferido nesta 3ª feira (10.ago) na 76ª Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
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Jornais de diferentes países compartilharam o ato, seguido de críticas pelo fato de Bolsonaro, que abriu o discurso da ONU, ser um dos únicos representantes do G20 não imunizado e por defender o tratamento precoce contra a covid-19, sem comprovação científica.
Nos Estados Unidos, o jornal The New York Times destacou que o governo brasileiro demorou a garantir o acesso às vacinas. Além disso, citou que Bolsonaro defende o "uso de drogas ineficazes para o tratamento do covid". Para o jornal americando, o presidente do Brasil liderou uma das respostas mais criticadas do mundo à pandemia. "Bolsonaro minimizou repetidamente a ameaça que o vírus representava, criticou as medidas de quarentena e foi multado por se recusar a usar máscara na capital", escreveu o noticiário.
Na Argentina, o Clarín destacou a negação da vacina pelo presidente brasileiro. Afirmou ainda que Bolsonaro mandou uma mensagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao citar que o país estava à beira do socialismo. "Bolsonaro defendeu o uso de medicamentos sem comprovação científica contra o coronavírus, atribuiu o aumento da inflação às quarentenas e sustentou que não há corrupção em seu governo, investigado pelo escândalo de tentativa de compra fraudulenta de vacinas", informou o noticiário.
No Reino Unido, o jornal The Guardian destacou que, no discurso, de Bolsonaro propagou uma sucessão de distorções e mentiras sobre a política brasileira e o meio ambiente. A publicação afirmou que o presidente fez pouco para reparar a reputação internacional de seu país. "Em seu discurso, Bolsonaro também alardeava o apoio de seu governo aos remédios ineficazes da covid -- conhecidos no Brasil como "tratamento precoce" -- apesar da oposição generalizada das comunidades científicas e médicas globais", publicou o noticiário.
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