Mulheres afegãs poderão estudar em universidade, mas em salas segregadas
Trabalho feminino também será permitido, mas vestimenta islâmica será obrigatória, diz Talibã
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Os líderes do Talibã anunciaram no último domingo (12.set) que as mulheres do Afeganistão terão permissão para estudar em universidades enquanto o país busca se reconstruir após duas décadas de guerra. A medida, no entanto, valerá apenas com as salas de aulas segregadas por gênero e de acordo com o código de vestimenta islâmico.
Segundo o ministro do Ensino Superior escolhido pelo grupo extremista, Abdul Baqi Haqqani, as alunas serão ensinadas por mulheres sempre que possível, de acordo com a interpretação da sharia -- conjunto de normas proveniente do Alcorão. O uso de véus religiosos hijab também serão obrigatórios para todas as estudantes.
"Todos os esforços serão feitos para encontrar e fornecer professoras para estudantes do sexo feminino", disse Haqqani em entrevista coletiva em Cabul, acrescentando que as mulheres também poderão trabalhar de acordo com as tradições culturais locais.
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O ministro afirmou ainda que o novo governo não pretende retroceder até a última vez que esteve no poder (1997-2001), mas sim construir o país sobre o que existe atualmente.
Nos últimos dias, o Afeganistão registrou manifestações de mulheres que temem perder os seus direitos já adquiridos durante os últimos 20 anos, como estudar, trabalhar e transitar livremente pelas cidades.
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