UE convoca comunidade internacional para evitar crise migratória de afegãos
Países planejam ajuda financeira aos cidadãos que ficaram, assim como acolhimento aos refugiados
Na tarde de 3ª feira (31.ago), os ministros do Interior da União Europeia (UE) debateram a situação no Afeganistão e desenvolveram alguns planos para evitar a crise humanitária e migratória dos cidadãos -- como a registrada em 2015 pela guerra na Síria.
Segundo o vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, o objetivo é garantir que toda a comunidade internacional como a Organização das Nações Unidas, o G7 e o G20 reúnam recursos para capacitar e apoiar os cidadãos retirados do Afeganistão nas últimas semanas.
Schinas também revelou que a UE planeja um pacote de ajuda de 600 milhões de euros para que países vizinhos, como Paquistão e Uzbequistão, aceitem os afegãos como refugiados. O valor faz parte do pacote de assistência ao Afeganistão de cerca de 1 bilhão de euros, que inclui cerca de 300 milhões de euros em assistência humanitária direta, a maior parte destinada a mulheres, crianças e grupos vulneráveis no país.
A ministra do Interior da Itália, Luciana Lamorgese, afirmou ainda que todos os países mostraram total disposição para uma abordagem ordenada e completa da chegada de afegãos e também para participar do acolhimento dessas pessoas.
Em relação às ameaças terroristas, os ministros concordaram que será necessário um bom controle de segurança no Afeganistão para não criar novos riscos para os Estados europeus.
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