"Bebê do Nirvana" processa banda por pornografia infantil
Spencer Elden pede cerca de R$ 780 mil em indenização pelo uso de foto que foi capa de álbum
O americano Spencer Elden ficou famoso no mundo inteiro como o bebê da capa do álbum Nevermind, do Nirvana, lançado em setembro de 1991. Quase 30 anos depois, porém, ele decidiu processar a banda pelos crimes de pornografia infantil e exploração sexual.
Os advogados cobram US$ 150 mil (cerca de R$ 780 mil na cotação atual) de indenização a Elden, que teria sofrido por toda sua vida por conta do uso de sua imagem nos materias de divulgação do álbum. Na época, os pais de Elden receberam US$ 200.
"Os réus fizeram uso de pornografia infantil retratando Spencer como um elemento essencial de um esquema de promoção de discos comumente utilizado na indústria da música para chamar a atenção, em que as capas dos álbuns posam crianças em um ambiente sexualmente provocativo para ganhar notoriedade, impulsionar as vendas e atrair a atenção da mídia e crítica", diz parte do documento divulgado pela defesa. Leia a íntegra do processo aqui.
Caso semelhante com o "Clube da Esquina"
Um caso parecido com o de Spencer contra o Nirvana acontece no Brasil desde 2012, quando os meninos que estampam a capa do disco Clube da Esquina, de Milton Nascimento e Lô Borges, entraram na Justiça contra os artistas pedindo R$ 500 mil por uso indevido de imagem e danos morais.
Antônio Carlos Rosa de Oliveira, conhecido como 'Cacau', e José Antônio Rimes, o 'Tonho', ficaram 40 anos sem saber que tinham protagonizado a capa do álbum. A foto foi tirada em 1971, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, quando a dupla tinha entre 7 e 8 anos. Tanto os amigos quanto seus pais nunca receberam dinheiro pelo uso da imagem. O processo segue na Justiça.