Jovens enfrentam desemprego e ausência de educação durante pandemia
Segundo a ONU, crise é ainda maior para mulheres entre 15 e 24 anos
SBT News
Jovens entre 15 e 24 anos de todo o mundo estão enfrentando uma fase de desemprego e carência de educação durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o emprego jovem caiu 8,7% em 2020, afetando principalmente as mulheres.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que, globalmente, um em cada cinco jovens não tem emprego, nem educação ou treinamento. Destes, três em cada quatro são mulheres. A diferença é ainda maior em regiões como o Sul da Ásia e os Estados Árabes, onde as normas sociais e culturais impedem as mulheres de estudar ou trabalhar fora de casa.
A origem da crise, de acordo com a ONU, está na diferença de oportunidades socioeconômicas de acesso a uma educação que possibilite a entrada dos adolescentes no mercado de trabalho, o que foi ainda mais influênciado pela pandemia. "Em 2016, havia 259 milhões de jovens classificados como NEETs (população jovem fora do mercado de trabalho e de instituições educacionais), um número que aumentou para cerca de 267 milhões em 2019 e deverá continuar a aumentar para cerca de 273 milhões em 2021."
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Uma das maiores preocupações das organizações é a perspectiva de que a população jovem cresça mais de 78 milhões entre 2021 e 2030 e que os países de baixa renda respondam por quase metade desse aumento, aumentando ainda mais os índices de desigualdade.