Estado americano retoma uso da cadeira elétrica para condenados à morte
Lei sancionada por governador da Carolina do Sul obriga presos a escolherem entre este método ou pelotão de fuzilamento quando não houve a opção de injeção letal
O estado americano da Carolina do Sul sancionou uma lei que obriga condenados à morte a escolherem entre cadeira elétrica e pelotão da morte depois de ficar mais de 10 anos sem executar presos por falta de drogas necessárias para aplicar injeção letal.
"As famílias e entes queridos das vítimas têm o direito de chorar e buscar justiça por meio da lei. Agora podemos fazer isso", afirmou Henry McMaster, governador do estado, ao anunciar que havia assinado a lei, em seu twitter.
This weekend, I signed legislation into law that will allow the state to carry out a death sentence.
? Gov. Henry McMaster (@henrymcmaster) May 17, 2021
The families and loved ones of victims are owed closure and justice by law. Now, we can provide it.
Condenados à morte tinham que escolher entre a cadeira e injeção, senda esta última a escolha automática caso optassem por não escolher. Entretanto, a falta da substância utilizada na injeção letal fez com que muitos presos a escolhessem, sabendo que prolongariam o seu tempo na cadeia.
Com a nova lei, a cadeira elétrica passa a ser a primeira opção para um prisioneiro no corredor da morte quando não há a opção de injeção letal.
"Esses são métodos de execução que anteriormente foram substituídos por injeção letal, que é considerada mais humana, e isso torna a Carolina do Sul o único estado que volta aos métodos de execução menos humanos", disse Lindsey Vann da Justiça 360, uma organização sem fins lucrativos que representa muitos dos os homens no corredor da morte na Carolina do Sul, em entrevista a Associated Press.
Dois dos três presos sem mais recursos tradicionais entraram com uma ação na segunda-feira (17) para impedir qualquer tentativa de fazê-los enfrentar a cadeira elétrica ou um pelotão de fuzilamento.