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Caminho aberto para Trump nas eleições presidenciais de 2024

A segunda absolvição de Donald Trump em um julgamento de impeachment ocorreu em um sábado marcado por idas e vindas em decisões como a de chamar testemunhas

Caminho aberto para Trump nas eleições presidenciais de 2024
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Nova York - Era um resultado esperado. Para ser aprovado o impeachment contra Donald Trump precisaria de 67 votos pelo sim o que corresponde a dois terços do senado. Ao fim, 57 senadores disseram que o ex-presidente é culpado. Entre eles, sete republicanos, do partido de Trump. Votaram contra ele Richard Burr, Bill Cassidy, Susan Collins, Lisa Murkowski, Pat Toomey e  Mitt Romney. O último, líder republicano no Senado e que no dia da invasão do Capitólio, 6 de janeiro, afirmou que sua paciência com Donald Trump tinha acabado. O ex-presidente dos Estados Unidos foi acusado de atentar contra a segurança nacional, contra a integridade física dos legisladores e interferir na transição pacífica de poder após as eleições. 

No começo da manhã deste sábado, 13 de fevereiro, a discussão foi outra. Os democratas insistiam em convocar testemunhas. Uma votação foi chamada para este tema."Não acho que seja necessário. Foi uma manhã bizarra porque o que estão fazendo é o caos" disse o republicano Ted Cruz. Cinquenta e cinco senadores - sendo cinco do partido de Trump - decidiram que era preciso ouvir testemunhas. Foi então que os advogados de defesa entraram em ação com uma estratégia que funcionou. Um deles disse: "Se testemunhas serão convocadas temos centenas entre elas a líder da Câmara Nancy Pelosi e a vice presidente Kamala Harris. E isso não poderá ser feito por zoom. Todos terão que ir ao meu escritório na Filadélfia" disse Michael van der Veen.

Ao fim, os democratas desistiram da decisão de convocar testemunhas e a defesa concordou em inserir no processo as palavras da deputada Jaime Herrera que na sexta-feira (12) a noite disse no plenário que tinha conhecimento de que Trump, em um telefonema com outro legislador, teria dito que apoiava os manifestantes que invadiram a sede do legislativo no dia seis de janeiro. Com o acordo, a deputada não foi convocada e seu relato consta agora do processo de impeachment, arquivado. Em um comunicado, Donald Trump disse: "Nosso histórico, patriótico e maravilhoso movimento Faça a América grande de novo apenas começou. Nos próximos meses terei muito a compartilhar com vocês e espero dar continuidade, juntos, à nossa incrível jornada para atingirmos a grandeza americana para todo nosso povo. Nunca houve nada assim!".

Donald Trump acompanhou a votação de sua casa na propriedade Mar-a-Lago, na Flórida, onde vive desde que deixou o poder. Ele não apareceu publicamente desde então. Em 2019, Donald Trump também enfrentou um julgamento de impeachment que foi negado pelo Senado. Na época, a acusação era que ele teria pressionado o presidente da Ucrânia a investigar o filho de Joe Biden, presidente americano e seu então concorrente político.

O caso que levou ao segundo pedido de impeachment de Donald Trump

No dia 6 de janeiro deste ano, deputados e senadores estavam reunidos no Capitólio - sede do legislativo americano - para validar os votos do Colégio Eleitoral, grupo que indica os vencedores da eleição de acordo com o voto popular de cada estado. A sessão era presidida pelo então vice presidente Mike Pence. Naquele dia acontecia na capital Washington uma manifestação em favor do então presidente Donald Trump que convocou seus apoiadores para um protesto "contra a fraude eleitoral", palavras de Trump. O ex presidente, naquele dia, fez um discurso em um palco montado nos arredores da Casa Branca. Afirmou que muitos votos dados a ele não foram computados e falou para que a multidão caminhasse até o Capitólio onde estavam os legisladores. Na defesa desta semana, seus advogados argumentaram que as palavras de Trump foram proferidas dentro de um contexto de liberdade de expressão, permitida pela Constituição dos Estados Unidos e que ele de forma alguma incitou a violência. Os deputados democratas que redigiram o pedido de impeachment afirmaram o contrário, que Donald Trump foi o líder da manifestação e que por isso era responsável pelos atos dos que invadiram o Capitólio naquele dia. Argumentos que farão do último capítulo que envolveu o fim do governo Trump. 

 
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