Por vacinas, Reino Unido e União Europeia têm primeira crise pós-Brexit
UE ameaça barrar exportações de vacinas aos britânicos
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O que começou como um atraso na produção das vacinas começa a virar uma crise diplomática entre Reino Unido e União Européia, o primeiro grande desentendimento público entre o bloco e seu ex-membro após a conclusão do Brexit. Hoje, a UE ameaçou barrar exportações de imunizantes que seriam destinados aos britânicos.
Para viabilizar a ameaça, a Comissão Européia quer dar poderes às agências reguladoras de seus 27 membros para desautorizar a saída de vacinas. "Há uma possibilidade de não permitir a exportação em algumas circunstâncias", disse um oficial do bloco ao jornal britânico The Guardian, ressaltando que esta "seria a última opção".
A unidade da Pfizer/BioNTech que fornece as vacinas para o Reino Unido fica em Puurs, na Bélgica. A farmacêutica norte-americana alertou que vai atrasar a entrega das doses para o mercado europeu, incluindo o Reino Unido, porque está ampliando a linha de produção. Os britânicos compraram 40 milhões de doses do imunizante desenvolvido pelas empresas dos Estados Unidos e da Alemanha.
Garantir as doses que comprou da Pfizer e deixar os britânicos no prejuízo seria o troco para o que acontece agora com as vacinas Oxford/Atrazeneca, sobre as quais o bloco europeu tem menos poder. A farmacêutica anglo-sueca admitiu que só vai conseguir produzir 25% das 100 milhões de doses que a União Européia comprou e esperava receber ainda no primeiro trimestre. A empresa alega que teve problemas na linha de produção das unidades da Holanda e da Bélgica.
Para os britânicos, não houve problemas. Até o fim do mês, serão 2 milhões de doses por semana produzidas em unidades da Aztrazeneca em Oxfordshire e Staffordshire, na Inglaterra. Os europeus queriam parte dessa produção. Os britânicos disseram não. "Não haverá interrupção", afirmou Michael Goove, um dos principais críticos da UE no gabinete de Boris Johnson.
Com a bênção da Comissão Européia, os belgas fizeram hoje uma inspeção de surpresa na unidade da Novasep, em Seneffe, que é parte da cadeia de produção da Aztrazeneca. A UE quer saber quantas doses a empresa está produzindo e para quem está entregando. Até agora, a farmacêutica anglo-sueca não esclareceu essa informação.
Um porta-voz do Ministério da Saúde da Bélgica disse que a inspeção foi "para ter certeza de que o atraso na entrega nas doses é de fato por um problema de produção" naquela unidade.
Para viabilizar a ameaça, a Comissão Européia quer dar poderes às agências reguladoras de seus 27 membros para desautorizar a saída de vacinas. "Há uma possibilidade de não permitir a exportação em algumas circunstâncias", disse um oficial do bloco ao jornal britânico The Guardian, ressaltando que esta "seria a última opção".
A unidade da Pfizer/BioNTech que fornece as vacinas para o Reino Unido fica em Puurs, na Bélgica. A farmacêutica norte-americana alertou que vai atrasar a entrega das doses para o mercado europeu, incluindo o Reino Unido, porque está ampliando a linha de produção. Os britânicos compraram 40 milhões de doses do imunizante desenvolvido pelas empresas dos Estados Unidos e da Alemanha.
Garantir as doses que comprou da Pfizer e deixar os britânicos no prejuízo seria o troco para o que acontece agora com as vacinas Oxford/Atrazeneca, sobre as quais o bloco europeu tem menos poder. A farmacêutica anglo-sueca admitiu que só vai conseguir produzir 25% das 100 milhões de doses que a União Européia comprou e esperava receber ainda no primeiro trimestre. A empresa alega que teve problemas na linha de produção das unidades da Holanda e da Bélgica.
Para os britânicos, não houve problemas. Até o fim do mês, serão 2 milhões de doses por semana produzidas em unidades da Aztrazeneca em Oxfordshire e Staffordshire, na Inglaterra. Os europeus queriam parte dessa produção. Os britânicos disseram não. "Não haverá interrupção", afirmou Michael Goove, um dos principais críticos da UE no gabinete de Boris Johnson.
Com a bênção da Comissão Européia, os belgas fizeram hoje uma inspeção de surpresa na unidade da Novasep, em Seneffe, que é parte da cadeia de produção da Aztrazeneca. A UE quer saber quantas doses a empresa está produzindo e para quem está entregando. Até agora, a farmacêutica anglo-sueca não esclareceu essa informação.
Um porta-voz do Ministério da Saúde da Bélgica disse que a inspeção foi "para ter certeza de que o atraso na entrega nas doses é de fato por um problema de produção" naquela unidade.
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