Reino Unido: 2020 foi o ano mais letal desde a Segunda Guerra
Curva de mortes não cresce de forma tão acentuada desde a década de 1940
Publicidade
Desde a Segunda Guerra Mundial, a curva de mortes registradas no Reino Unido não crescia de forma tão acentuada. Os resultados de 2020 foram apresentados hoje pelo Escritório Nacional de Estatísticas e comprovaram o que dados preliminares já apontavam. No ano passado, houve 697 mil mortes no país, 91 mil a mais que a média dos cinco anos anteriores, um aumento de 15%. A última vez que o número de mortes em excesso cresceu tanto foi na década de 1940.
Quando a idade e o tamanho da população são levados em conta, 2020 teve o pior índice desde o início do século. "Isso mostra que a pandemia desfez mais de uma década de progresso. E isso é significante, especialmente quando se leva em conta que isso aconteceu apesar dos lockdowns e das medidas de distanciamento social pra parar a propagação do vírus", disse Nick Triggle, repórter especializado em saúde da BBC.
Os lockdowns do Reino Unido nunca foram tão restritos quanto aqueles adotados na França, Espanha e Itália. Mesmo quando a orientação é ficar em casa, as regras permitem que as pessoas saiam para se exercitar e que, apenas nessa circunstância, se encontrem com uma outra pessoa que more em endereço diferente. A brecha está sendo usada por muitos pra driblar as restrições.
"Em algumas áreas do país, há uma minoria que, francamente, coloca em risco o restante da população", disse o secretário de crime e policiamento, Kit Malthouse. O próprio chefe dele foi criticado por desrespeitar a orientação de só deixar o próprio bairro em caso de extrema necessidade. O primeiro-ministro Boris Johnson foi fotografado no último fim de semana, durante um passeio de bicicleta pelo leste de Londres, a mais de 10 quilômetros de sua residência oficial, em Downing Street, no centro da capital britânica.
Nesta 3ª feira (12.jan), as autoridades de segurança do governo britânico comandaram a entrevista coletiva diária, que atualiza as informações sobre a pandemia. Foi uma estratégia pra reforçar junto à opinião pública a necessidade de respeito às regras do lockdown. A ministra do interior, Priti Pattel, que comanda toda a força policial do país, disse que as regras são suficientes "desde que sejam respeitadas". Pattel disse que a polícia britânica será mais rigorosa na fiscalização e nas multas.
Administrações locais já estão improvisando barreiras em várias passagens pra desencorajar caminhadas longas, algo que, em tempos normais, é muito incentivado no Reino Unido. Em Hammersmith, no oeste da capital britânica, uma passagem estreita entre dois pontos do bairro e muito usada por quem pratica corrida na região, amanheceu bloqueada. Um funcionário da prefeitura vigia possíveis tentativas de furar o bloqueio.
O Reino Unido registrou 1.243 mortes por causa da covid-19 nas últimas 24 horas. O número de novos casos registrados - 45.533 - diminuiu em relação à última semana, mas continua em um patamar alto. A avaliação das autoridades sanitárias do país é que poderia ser muito pior, caso as medidas de restrição não estivessem em vigor.
No pequeno país europeu, 2020 teve o maior índice de mortalidade desde o início do século passado. As mais de 20 mil mortes por covid-19 registradas no país de 11,4 milhões de habitantes fizeram com que os belgas tivessem o pior ano desde a década de 1910.
"2020 é agora o ano com o mais alto índice de mortalidade na Bélgica desde a gripe espanhola e o fim da primeira guerra mundial, em 1918", disse Yves Van Laethem, porta-voz do comitê de crise da pandemia no país. Proporcionalmente ao número de habitantes, os belgas são o segundo país do mundo com mais vítimas da Covid-19: 1.732 mortos pra cada milhão de habitantes, atrás apenas de San Marino (1.914 por milhão), uma micronação encravada no norte do território italiano, onde moram pouco mais de 33 mil pessoas.
Quando a idade e o tamanho da população são levados em conta, 2020 teve o pior índice desde o início do século. "Isso mostra que a pandemia desfez mais de uma década de progresso. E isso é significante, especialmente quando se leva em conta que isso aconteceu apesar dos lockdowns e das medidas de distanciamento social pra parar a propagação do vírus", disse Nick Triggle, repórter especializado em saúde da BBC.
Os lockdowns do Reino Unido nunca foram tão restritos quanto aqueles adotados na França, Espanha e Itália. Mesmo quando a orientação é ficar em casa, as regras permitem que as pessoas saiam para se exercitar e que, apenas nessa circunstância, se encontrem com uma outra pessoa que more em endereço diferente. A brecha está sendo usada por muitos pra driblar as restrições.
"Em algumas áreas do país, há uma minoria que, francamente, coloca em risco o restante da população", disse o secretário de crime e policiamento, Kit Malthouse. O próprio chefe dele foi criticado por desrespeitar a orientação de só deixar o próprio bairro em caso de extrema necessidade. O primeiro-ministro Boris Johnson foi fotografado no último fim de semana, durante um passeio de bicicleta pelo leste de Londres, a mais de 10 quilômetros de sua residência oficial, em Downing Street, no centro da capital britânica.
Nesta 3ª feira (12.jan), as autoridades de segurança do governo britânico comandaram a entrevista coletiva diária, que atualiza as informações sobre a pandemia. Foi uma estratégia pra reforçar junto à opinião pública a necessidade de respeito às regras do lockdown. A ministra do interior, Priti Pattel, que comanda toda a força policial do país, disse que as regras são suficientes "desde que sejam respeitadas". Pattel disse que a polícia britânica será mais rigorosa na fiscalização e nas multas.
Administrações locais já estão improvisando barreiras em várias passagens pra desencorajar caminhadas longas, algo que, em tempos normais, é muito incentivado no Reino Unido. Em Hammersmith, no oeste da capital britânica, uma passagem estreita entre dois pontos do bairro e muito usada por quem pratica corrida na região, amanheceu bloqueada. Um funcionário da prefeitura vigia possíveis tentativas de furar o bloqueio.
O Reino Unido registrou 1.243 mortes por causa da covid-19 nas últimas 24 horas. O número de novos casos registrados - 45.533 - diminuiu em relação à última semana, mas continua em um patamar alto. A avaliação das autoridades sanitárias do país é que poderia ser muito pior, caso as medidas de restrição não estivessem em vigor.
BÉLGICA: O PIOR ANO EM MAIS DE UM SÉCULO
No pequeno país europeu, 2020 teve o maior índice de mortalidade desde o início do século passado. As mais de 20 mil mortes por covid-19 registradas no país de 11,4 milhões de habitantes fizeram com que os belgas tivessem o pior ano desde a década de 1910.
"2020 é agora o ano com o mais alto índice de mortalidade na Bélgica desde a gripe espanhola e o fim da primeira guerra mundial, em 1918", disse Yves Van Laethem, porta-voz do comitê de crise da pandemia no país. Proporcionalmente ao número de habitantes, os belgas são o segundo país do mundo com mais vítimas da Covid-19: 1.732 mortos pra cada milhão de habitantes, atrás apenas de San Marino (1.914 por milhão), uma micronação encravada no norte do território italiano, onde moram pouco mais de 33 mil pessoas.
Publicidade