Reino Unido vai contaminar voluntários com o novo coronavírus
Projeto terá voluntários de 18 a 30 anos e ajudará a testar vacina
Publicidade
O Reino Unido será o primeiro país do mundo a contaminar voluntários intencionalmente com o novo coronavírus pra testar a eficácia das vacinas. O governo anunciou nesta 3ª feira (20.out) um investimento de 33 milhões de libras (R$ 237 milhões) no projeto.
O chamado "desafio humano" será feito feito com voluntários sadios e jovens que tenham de 18 a 30 anos. É um processo mais rápido que o convencional, em que os cientistas têm que esperar que os voluntários sejam, em algum momento, expostos ao vírus.
O estudo será feito em parceria entre a Imperial College, universidade que está desenvolvendo uma das vacinas, o Hospital Real de Londres e a empresa hVivo, que vai desenvolver o modelo do experimento.
Mais de 2.500 britânicos já se inscreveram. Mas os testes devem usar, no máximo, 200 voluntários. No mundo todo, mais de 32 mil pessoas atenderam ao chamado da organização 1DaySooner, criada em abril nos Estados Unidos para defender a realização desse tipo de estudo. Ao jornal O Estado de S. Paulo, a organização confirmou que mais de 9 mil são brasileiros, o segundo maior grupo atrás dos estadunidenses, com 15 mil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não se opõe, mas defende que os procedimentos sejam acompanhados por uma comissão de ética e que os voluntários tenham plena concordância e conhecimento de todo o processo. "Você vai desafiar as pessoas com um vírus para o qual ainda não existe tratamento. No passado, este tipo de teste era feito quando você tinha um tratamento específico", lembrou a porta-voz da OMS, Margaret Harris.
À BBC, Dr. Chris Chiu, um dos coordenadores da pesquisa, disse que o time dele tem feito desafios humanos com doenças respiratórias por mais de 10 anos. "Nenhum estudo tem risco zero, mas todos os nossos parceiros vão trabalhar pra que os riscos sejam os menores possíveis", disse.
Primeiro os pesquisadores usariam doses controladas do vírus pra descobrir qual é a menor quantidade necessária pra infectar os voluntários. O vírus vai entrar no organismo deles pelo nariz. Depois, os cientistas poderão testar se a vacina funciona. Os testes vão permitir inclusive testar a eficácia entre as diferentes vacinas que já estão na fase de testes em humanos.
O primeiro teste do tipo foi feito em 1796 por um pesquisador inglês. Edward Jenner descobriu a primeira vacina da história, ao expor um garoto saudável, de 4 anos, ao vírus da varíola. Desde então, desafios humanos foram feitos pra desenvolver vacinas contra a febre tifóide, cólera e malária. Os testes com o novo coronavírus começam em janeiro, em Londres.
O chamado "desafio humano" será feito feito com voluntários sadios e jovens que tenham de 18 a 30 anos. É um processo mais rápido que o convencional, em que os cientistas têm que esperar que os voluntários sejam, em algum momento, expostos ao vírus.
O estudo será feito em parceria entre a Imperial College, universidade que está desenvolvendo uma das vacinas, o Hospital Real de Londres e a empresa hVivo, que vai desenvolver o modelo do experimento.
Mais de 2.500 britânicos já se inscreveram. Mas os testes devem usar, no máximo, 200 voluntários. No mundo todo, mais de 32 mil pessoas atenderam ao chamado da organização 1DaySooner, criada em abril nos Estados Unidos para defender a realização desse tipo de estudo. Ao jornal O Estado de S. Paulo, a organização confirmou que mais de 9 mil são brasileiros, o segundo maior grupo atrás dos estadunidenses, com 15 mil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não se opõe, mas defende que os procedimentos sejam acompanhados por uma comissão de ética e que os voluntários tenham plena concordância e conhecimento de todo o processo. "Você vai desafiar as pessoas com um vírus para o qual ainda não existe tratamento. No passado, este tipo de teste era feito quando você tinha um tratamento específico", lembrou a porta-voz da OMS, Margaret Harris.
À BBC, Dr. Chris Chiu, um dos coordenadores da pesquisa, disse que o time dele tem feito desafios humanos com doenças respiratórias por mais de 10 anos. "Nenhum estudo tem risco zero, mas todos os nossos parceiros vão trabalhar pra que os riscos sejam os menores possíveis", disse.
Primeiro os pesquisadores usariam doses controladas do vírus pra descobrir qual é a menor quantidade necessária pra infectar os voluntários. O vírus vai entrar no organismo deles pelo nariz. Depois, os cientistas poderão testar se a vacina funciona. Os testes vão permitir inclusive testar a eficácia entre as diferentes vacinas que já estão na fase de testes em humanos.
O primeiro teste do tipo foi feito em 1796 por um pesquisador inglês. Edward Jenner descobriu a primeira vacina da história, ao expor um garoto saudável, de 4 anos, ao vírus da varíola. Desde então, desafios humanos foram feitos pra desenvolver vacinas contra a febre tifóide, cólera e malária. Os testes com o novo coronavírus começam em janeiro, em Londres.
Publicidade