Trump em busca do voto dos eleitores idosos

Nova York - Menos de 24 horas depois da entrevista que substituiu o debate cancelado, Donald Trump partiu para uma agenda cheia nesta 6ª feira (16.out). Em um dia, dois comícios em dois estados e um evento para o público com idade superior aos 65 anos.

Há dias o presidente foca nos eleitores com mais idade. Logo que deixou o hospital em Bethesda, há menos de quinze dias, Trump publicou nas redes sociais um vídeo com o título: "Às minhas pessoas favoritas no mundo". Referia-se ao público da terceira idade. Uma publicação que contrasta com outra, muito comentada nos últimos dias: no Twitter, Trump publicou uma foto de idosos em uma casa de repouso, todos em cadeiras de rodas. Uma das pessoas teve o rosto substituído pelo do rival político Joe Biden. Em cima da imagem, a frase: "Biden for resident". Em português, "Biden para interno", ou seja, morador do asilo. A letra P, da palavra presidente, foi cortada.

Nesta 6ª feira, na Flórida, Trump falou no evento "Protegendo idosos americanos". Disse: "Saiam e votem. Os democratas tem propostas para a saúde que vão abolir vários direitos (...) Em minha administração seus planos estarão garantidos e não vou acabar com o benefício de doenças preexistentes." Esse tem sido um ponto muito trabalhado pelo democrata Joe Biden que afirma que Donald Trump vai transformar problemas cardíacos, por exemplo, em doenças preexistentes sem cobertura médica para quem for fazer novos planos de saúde.

No comício de 3ª feira (13.out), Joe Biden focou no eleitorado de mais idade, afirmando que os idosos pagam o preço pelo tratamento inadequado do presidente americano com a pandemia e o novo coronavírus. "O único veterano com que Donald Trump se preocupa é ele próprio", disse Biden esta semana.

Pesquisas recentes mostram uma vantagem ampla de Joe Biden em relação ao eleitorado com mais de sessenta e cinco anos, público que representa quase 20% do eleitorado no país. Joe Biden tem 77 anos e Donald Trump, 74. Trump frequentemente se refere ao rival como "sleepy", sonolento, e alguém com raciocínio mais demorado.

A reportagem do New York Post banida do Twitter e Facebook
Nesta 6ª feira, 16 de outubro, Trump citou mais uma vez o filho de Biden, Hunter Biden, que foi tema de uma reportagem do jornal New York Post. O texto fala sobre o suposto enriquecimento ilícito e negócios suspeitos na Ucrânia do filho do candidato democrata. O porta-voz do Facebook afirmou que a ação de bloqueio "faz parte do processo padrão para reduzir a disseminação de informações falsas". Hoje, Trump escreveu nas redes sociais: "O Twitter fechou a rede para retardar a disseminação de notícias falsas sobre o Biden. Uau, isso nunca foi feito na história. Isso incluiu sua entrevista muito ruim na noite passada? Por que o Twitter está fazendo isso, atraindo atenção para o Biden sonolento?"

Twitter Shuts Down Entire Network To Slow Spread Of Negative Biden News https://t.co/JPmjOrKPcr via @TheBabylonBee Wow, this has never been done in history. This includes his really bad interview last night. Why is Twitter doing this. Bringing more attention to Sleepy Joe & Big T

? Donald J. Trump (@realDonaldTrump) October 16, 2020