Republicanos apostam na aprovação de Amy Barrett na Suprema Corte
A sabatina da juíza indicada por Donald Trump entra no último dia no Senado americano. O partido do presidente tem como certa a aprovação do nome de Amy Barrett
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Nova York - Em um comício esta semana o vice presidente Mike Pence disse: "sinto que Amy Barrett ocupará aquele lugar na Suprema Corte". A juíza de 48 anos, indicada por Donald Trump após a morte de Ruth Ginsburg, participa nesta quinta-feira (15) da última audiência no senado. Desde segunda-feira, os legisladores se revezam em discursos e perguntas para avaliar o nome da candidata ao cargo vitalício na mais alta esfera do judiciário dos Estados Unidos.
Entre os republicanos do Senado, a opinião é que a aprovação do nome de Amy Barrett virá mesmo sob os protestos dos Democratas. O candidato Joe Biden, por mais de uma vez, falou sobre o assunto na quarta-feira (14). Disse: ?Se o presidente Trump tiver seu caminho aberto na Suprema Corte, haverá complicações a longo prazo em relação à Covid19. Casos pulmonares ou doenças cardíacas se tornarão doenças preexistentes que não terão cobertura médica. Isso é inescrupuloso".
Aos senadores, a juíza de perfil conservador disse por mais de uma vez que encara a constituição americana como uma lei e que irá julgar sem interferência ou convicções políticas. No entanto, evitou responder questões feitas por democratas sobre sua posição sobre o aborto (legalizado em alguns estados americanos) e sobre como vê o fato do atual presidente ter abertamente falado sobre a necessidade de compor rapidamente o quadro de nove juízes antes das eleições. Donald Trump afirmou publicamente que pretende levar a discussão do voto por correspondência nos Estados Unidos para a Suprema Corte e que por isso considera importante a nomeação do nono integrante o quanto antes. Num passado recente, em 2016, o democrata Barack Obama não conseguiu indicar um nome à Suprema Corte. Naquele ano, o senado de maioria republicana afirmou que o período era muito próximo às eleições.
Agora, o cenário é parecido mas o fim parece que será outro. Nesta quinta-feira (15) o comitê do senado vai ouvir oponentes e apoiadores de Amy Barrett, um professor de direito e um juiz do tribunal de apelações dos Estados Unidos. Finalizado este passo, Barrett estará a um passo da confirmação para o cargo na Suprema Corte a poucos dias da eleição, marcada para 3 de novembro.
Na sabatina de ontem, 14 de outubro, chamou a atenção o questionamento de um senador democrata do porquê Amy Barrett não tinha anotações em papel ou em um notebook enquanto era sabatinada. "A maioria de nós trouxe anotações, referências, livros. O que está escrito neste bloco de notas em frente da senhora?" questionou o legislador John Cornyn, do Texas "Está escrito senado dos Estados Unidos", respondeu a juíza apontando para o bloco em branco colocado à disposição em sua mesa.
Sem debate, duas entrevistas
O segundo debate entre os candidatos a presidência dos Estados Unidos deveria ser realizado nesta quinta-feira (15). Com a desistência de Donald Trump após a organização do evento decidir que o confronto deveria ser virtual, democratas e republicanos escolheram eventos em separado no mesmo horário.
Donald Trump vai conversar com eleitores, em Miami, Flórida, em um programa transmitido pela NBC a partir das 21h (horário de Brasília). Joe Biden vai participar de um evento parecido na Filadélfia, no mesmo horário, transmitido pela ABC. A NBC afirmou que a emissora revisou os exames médicos de Donald Trump ? diagnosticado no dia 2 de Outubro - com Covid19 e que a ausência de risco de transmissão não mais existe.
Entre os republicanos do Senado, a opinião é que a aprovação do nome de Amy Barrett virá mesmo sob os protestos dos Democratas. O candidato Joe Biden, por mais de uma vez, falou sobre o assunto na quarta-feira (14). Disse: ?Se o presidente Trump tiver seu caminho aberto na Suprema Corte, haverá complicações a longo prazo em relação à Covid19. Casos pulmonares ou doenças cardíacas se tornarão doenças preexistentes que não terão cobertura médica. Isso é inescrupuloso".
If President Trump has his way in the U.S. Supreme Court, long-term complications from COVID-19, like lung scarring and heart damage, will become pre-existing conditions that could result in higher premiums or denied coverage.
? Joe Biden (@JoeBiden) October 14, 2020
It?s unconscionable.
Aos senadores, a juíza de perfil conservador disse por mais de uma vez que encara a constituição americana como uma lei e que irá julgar sem interferência ou convicções políticas. No entanto, evitou responder questões feitas por democratas sobre sua posição sobre o aborto (legalizado em alguns estados americanos) e sobre como vê o fato do atual presidente ter abertamente falado sobre a necessidade de compor rapidamente o quadro de nove juízes antes das eleições. Donald Trump afirmou publicamente que pretende levar a discussão do voto por correspondência nos Estados Unidos para a Suprema Corte e que por isso considera importante a nomeação do nono integrante o quanto antes. Num passado recente, em 2016, o democrata Barack Obama não conseguiu indicar um nome à Suprema Corte. Naquele ano, o senado de maioria republicana afirmou que o período era muito próximo às eleições.
Agora, o cenário é parecido mas o fim parece que será outro. Nesta quinta-feira (15) o comitê do senado vai ouvir oponentes e apoiadores de Amy Barrett, um professor de direito e um juiz do tribunal de apelações dos Estados Unidos. Finalizado este passo, Barrett estará a um passo da confirmação para o cargo na Suprema Corte a poucos dias da eleição, marcada para 3 de novembro.
Na sabatina de ontem, 14 de outubro, chamou a atenção o questionamento de um senador democrata do porquê Amy Barrett não tinha anotações em papel ou em um notebook enquanto era sabatinada. "A maioria de nós trouxe anotações, referências, livros. O que está escrito neste bloco de notas em frente da senhora?" questionou o legislador John Cornyn, do Texas "Está escrito senado dos Estados Unidos", respondeu a juíza apontando para o bloco em branco colocado à disposição em sua mesa.
Sem debate, duas entrevistas
O segundo debate entre os candidatos a presidência dos Estados Unidos deveria ser realizado nesta quinta-feira (15). Com a desistência de Donald Trump após a organização do evento decidir que o confronto deveria ser virtual, democratas e republicanos escolheram eventos em separado no mesmo horário.
Donald Trump vai conversar com eleitores, em Miami, Flórida, em um programa transmitido pela NBC a partir das 21h (horário de Brasília). Joe Biden vai participar de um evento parecido na Filadélfia, no mesmo horário, transmitido pela ABC. A NBC afirmou que a emissora revisou os exames médicos de Donald Trump ? diagnosticado no dia 2 de Outubro - com Covid19 e que a ausência de risco de transmissão não mais existe.
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