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Celulares podem empoderar mulheres da América Latina e Caribe

Estudo internacional mostra que há um hiato digital, que se quebrado, pode diminuir a fome na região

Imagem da noticia Celulares podem empoderar mulheres da América Latina e Caribe
mulher zona rural ao celular na janela de casa
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O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) se uniu ao Departamento de Sociologia da Universidade de Oxford, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) no desafio de levantar dados sobre a "Desigualdade Digital de Gênero na América Latina e Caribe".

A pesquisa mediu as consequências da falta de acesso à telefonia e internet na região. Se as mulheres das zonas rurais - as menos conectadas - tivessem os mesmos acessos à celulares e informação que os homens, "haveria uma redução da fome de 12% a 17%". 

O levantamento revela ainda que um aparelho celular oferece às mulheres oportunidades de superação, aumentando as opções de emprego. Além disso, o acesso das mulheres rurais à telefonia móvel e internet podem ajudá-las a ter mais informações sobre a terra, sementes, tecnologias e mercados e diminuir a insegurança alimentar e aumentar a produtividade de suas lavouras.

Os resultados da análise da Pesquisa Mundial do Gallup, que ajudou a embasar o estudo, mostram que existe um"hiato diital e gênero na propriedade de telefones móveis em 23 países latino-americanos". Na América Latina e Caribe, as mulheres têm, em média, menor probabilidade de possuir um telefone móvel que os homens. 

Com base nos dados de que a pandemia da Covid-19 demonstrou que a conectividade digital constitui um bem público, mas somente metade da população mundial tem acesso à internet, os pesquisadores concluiram que o caminho para a igualda é longo e pode começar com uma distribuição mais equalitária de celulares e acesso às tecnologias por homens e mulheres. 
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