Justiça britânica autoriza Maduro a sacar ouro guardado na Inglaterra
Venezuela tem o equivalente a R$ 5,5 bilhões em ouro aos cuidados dos ingleses
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A batalha que o venezuelano Nicolás Maduro trava nas cortes inglesas teve uma reviravolta nesta 2ª feira (5.out), desta vez em favor do ditador. A Corte de recursos reconheceu que o governo dele tem legitimidade pra retirar as reservas de ouro do país que estão depositadas no Banco da Inglaterra.
A Venezuela tem 1 bilhão de dólares (equivalente a R$ 5,5 bilhões) em ouro aos cuidados dos ingleses. Em julho, a Justiça britânica havia decidido que Juan Guaidó, homem reconhecido pela União Européia, Estados Unidos e Brasil como presidente do país, seria o responsável pela fortuna.
Maduro apelou e venceu. A decisão levou em conta o fato de o Reino Unido reconhecer Guaidó como presidente mas, implicitamente, continuar lidando com Maduro.
A queda dos preços do petróleo, principal fonte de dinheiro do governo venezuelano e as sanções impostas pelos Estados Unidos agravaram a crise no país. Maduro alega que precisa do ouro pra comprar medicamentos e ajudar na recuperação da Venezuela. Ele apresentou um plano de venda que seria supervisionado pela Organização das Nações Unidas.
Ao Financial Times, Vanessa Neumann, representante de Guaidó junto em Londres, disse que "é uma ironia o fato de o regime acusado de crimes contra a humanidade usar as cortes britânicas para se financiar ilegalmente".
A decisão de hoje ainda poderá ser revertida. O Reino Unido terá que esclarecer quais são as verdadeiras relações do país com o governo Maduro. Ao contrário de várias nações que não reconhecem mais Maduro, o Reino Unido ainda mantém o embaixador que representa o ditador.
SUBSOLO DE OURO
Bancos ingleses guardam 6.500 toneladas de ouro. A maior parte está nos subterrâneos do centro financeiro de Londres, onde fica o Banco da Inglaterra, equivalente ao Banco Central de outros países. Apenas 10% desse tesouro pertence aos britânicos. O restante é de empresas, bilionários e de outros países, como a Venezuela que, por segurança, preferem a proteção e a discrição dos ingleses. Grande parte do ouro está em barras que pesam 12,4 kg. Há pelo menos 500 mil deste tamanho.
A Venezuela tem 1 bilhão de dólares (equivalente a R$ 5,5 bilhões) em ouro aos cuidados dos ingleses. Em julho, a Justiça britânica havia decidido que Juan Guaidó, homem reconhecido pela União Européia, Estados Unidos e Brasil como presidente do país, seria o responsável pela fortuna.
Maduro apelou e venceu. A decisão levou em conta o fato de o Reino Unido reconhecer Guaidó como presidente mas, implicitamente, continuar lidando com Maduro.
A queda dos preços do petróleo, principal fonte de dinheiro do governo venezuelano e as sanções impostas pelos Estados Unidos agravaram a crise no país. Maduro alega que precisa do ouro pra comprar medicamentos e ajudar na recuperação da Venezuela. Ele apresentou um plano de venda que seria supervisionado pela Organização das Nações Unidas.
Ao Financial Times, Vanessa Neumann, representante de Guaidó junto em Londres, disse que "é uma ironia o fato de o regime acusado de crimes contra a humanidade usar as cortes britânicas para se financiar ilegalmente".
A decisão de hoje ainda poderá ser revertida. O Reino Unido terá que esclarecer quais são as verdadeiras relações do país com o governo Maduro. Ao contrário de várias nações que não reconhecem mais Maduro, o Reino Unido ainda mantém o embaixador que representa o ditador.
SUBSOLO DE OURO
Bancos ingleses guardam 6.500 toneladas de ouro. A maior parte está nos subterrâneos do centro financeiro de Londres, onde fica o Banco da Inglaterra, equivalente ao Banco Central de outros países. Apenas 10% desse tesouro pertence aos britânicos. O restante é de empresas, bilionários e de outros países, como a Venezuela que, por segurança, preferem a proteção e a discrição dos ingleses. Grande parte do ouro está em barras que pesam 12,4 kg. Há pelo menos 500 mil deste tamanho.
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