Papa Francisco pede fim do "dogma liberal" e defende fraternidade
Ao denunciar as desigualdades, o pontífice citou Vinicius de Moraes " A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida"
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O papa Francisco denunciou as desigualdades e o "vírus do individualismo" em sua nova encíclica, com o título "Fratelli tutti" (Todos irmãos). Divulgada neste domingo (04.out), o papa pede o fim "do dogma neoliberal" e defende a fraternidade "com atos e não apenas com palavras".
"A especulação financeira com o lucro fácil como objetivo fundamental continua provocando estragos", adverte, antes de acrescentar que "o vírus do individualismo radical é o vírus mais difícil de derrotar."
Em sua terceira encíclica, de 84 páginas, o pontífice argentino retoma os temas sociais abordados ao longo de sete anos e meio de pontificado e reflete sobre um mundo afetado pelas consequências da pandemia de coronavírus.
"É possível aceitar o desafio de sonhar e pensar em outra humanidade. É possível desejar um planeta que assegure terra, teto e trabalho para todos", destaca o pontífice, um pedido que fez em várias oportunidades durante suas viagens aos países mais pobres e esquecidos.
Francisco citou o poeta brasileiro Vinícius de Moraes ao falar de como diferentes culturas devem conviver, Francisco fez referência à canção Samba da Bênção: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida".
No documento, o pontífice também pede o diálogo e defende novos caminhos para alcançar a reconciliação entre os povos.
"Não é possível decretar uma 'reconciliação geral' com a pretensão de fechar por decreto as feridas ou cobrir as injustiças com um manto de esquecimento", ressalta Francisco, que cita o Holocausto, os bombardeios em Hiroshima e Nagasaki, a perseguições, o tráfico de escravos e os massacres étnicos.
(A foto da reportagem é uma reprodução do VaticanNews e mostra o Papa no túmulo de São Francisco assinando a terceira encíclica "Fratelli Tutti")
"A especulação financeira com o lucro fácil como objetivo fundamental continua provocando estragos", adverte, antes de acrescentar que "o vírus do individualismo radical é o vírus mais difícil de derrotar."
Em sua terceira encíclica, de 84 páginas, o pontífice argentino retoma os temas sociais abordados ao longo de sete anos e meio de pontificado e reflete sobre um mundo afetado pelas consequências da pandemia de coronavírus.
"É possível aceitar o desafio de sonhar e pensar em outra humanidade. É possível desejar um planeta que assegure terra, teto e trabalho para todos", destaca o pontífice, um pedido que fez em várias oportunidades durante suas viagens aos países mais pobres e esquecidos.
Francisco citou o poeta brasileiro Vinícius de Moraes ao falar de como diferentes culturas devem conviver, Francisco fez referência à canção Samba da Bênção: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida".
No documento, o pontífice também pede o diálogo e defende novos caminhos para alcançar a reconciliação entre os povos.
"Não é possível decretar uma 'reconciliação geral' com a pretensão de fechar por decreto as feridas ou cobrir as injustiças com um manto de esquecimento", ressalta Francisco, que cita o Holocausto, os bombardeios em Hiroshima e Nagasaki, a perseguições, o tráfico de escravos e os massacres étnicos.
(A foto da reportagem é uma reprodução do VaticanNews e mostra o Papa no túmulo de São Francisco assinando a terceira encíclica "Fratelli Tutti")
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