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Justiça

Réus do incêndio da Boate Kiss voltam a ser presos após decisão do STF

Supremo Tribunal Federal restabeleceu sentença do Tribunal do Júri de 2021, e os quatro condenados pelo incêndio da Boate Kiss já voltaram à prisão

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Os quatro réus condenados pelo incêndio da Boate Kiss, ocorrido em 2013, estão novamente presos. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida nesta segunda-feira (2), restabeleceu a validade da sentença do Tribunal do Júri de 2021, que havia sido anulada em 2022. O incêndio resultou na morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos em Santa Maria, Rio Grande do Sul.

O ex-sócio da boate, Mauro Hoffmann, se entregou à polícia nesta terça-feira (3) em Porto Alegre. No dia anterior, Elissandro Spohr, também ex-sócio da Boate Kiss, foi preso na capital gaúcha, enquanto Luciano Bonilha Leão, ex-auxiliar da banda Gurizada Fandangueira, foi detido em Santa Maria. O ex-vocalista da banda, Marcelo de Jesus dos Santos, foi preso em São Vicente do Sul.

Os quatro condenados receberam penas que variam entre 18 e 22 anos de prisão. A sentença original havia sido proferida pelo Tribunal do Júri em dezembro de 2021, mas em agosto de 2022 o julgamento foi anulado. Um novo júri estava marcado para fevereiro de 2024, mas foi suspenso pelo ministro Dias Toffoli.

Em uma nova decisão, o ministro Toffoli aceitou os recursos apresentados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e pelo Ministério Público Federal, restabelecendo a validade da condenação. Segundo o ministro, os pedidos de anulação apresentados pelas defesas dos réus foram feitos fora do prazo legal. Ele também determinou que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul continue com o julgamento de outras questões levantadas nos recursos de apelação.

O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Alexandre Saltz, destacou a importância da decisão para as vítimas e seus familiares: "nós esperamos que esse julgamento seja definitivo, porque as vítimas, e o Ministério Público, têm uma preocupação muito grande com as vítimas, elas têm o direito de fechar essa página da sua triste história e acreditar que a Justiça realmente chegou ao fim".

As defesas dos réus disseram estar surpresas com a decisão monocrática do STF. Enquanto isso, sobreviventes do incêndio e familiares das vítimas comemoraram o restabelecimento da sentença.

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