Caso Ágatha Félix: policial militar acusado de matar menina no Rio é absolvido pela Justiça
Ágatha Félix, na época com 8 anos, morreu após ser atingida pelas costas por estilhaços de um tiro de fuzil em 20 de setembro de 2019
O policial militar Rodrigo José de Matos Soares, apontado como o responsável por atirar e matar a menina Ágatha Félix, foi absolvido pela Justiça das acusações no caso, neste sábado (9). O julgamento foi realizado pelo 1º Tribunal do Júri da Capital do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e presidido pelo juiz Cariel Patriota.
O PM havia sido denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado. Ágatha Félix, na época com 8 anos, morreu após ser atingida pelas costas por estilhaços de um tiro de fuzil em 20 de setembro de 2019.
A criança estava dentro de um Kombi com a mãe no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. As investigações haviam indicado que o tiro foi disparado pelo cabo Rodrigo José de Matos Soares. Os alvos seriam dois suspeitos que passaram em uma moto. Mas a bala bateu em um poste, ricocheteou e acabou atingindo a Kombi.
Testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas no julgamento. Uma das testemunhas de acusação foi a mãe de Ágatha. Na chegada ao fórum, ela disse que esperava que a justiça fosse feita para a filha e para toda a família.
"Eu choro todos os dias pela falta dela, e ele atirou, e ela morreu. E o que precisa ser feito? Precisa ser punido, e a justiça precisa acontecer. Não é para que eu fique feliz, porque ela não vai estar aqui, ela não vai voltar, ela não volta, mas para que veja que aconteceu, sim, uma justiça para mim e para toda a minha família", falou a mulher. O cabo também foi ouvido pelo Tribunal do Júri. O corpo de jurados foi formado por cinco homens e duas mulheres.