Justiça aceita pedido de recuperação judicial do Starbucks no Brasil
SouthRock tem até 60 dias para apresentar o plano de recuperação, com divida de R$1,8 bilhão. Entenda como funciona o processo
A Justiça de São Paulo aceitou o pedido de recuperação judicial da SouthRock Capital, operadora de marcas como Subway, Starbucks e Eataly no Brasil, na noite desta 3ª feira (13.dez).
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Agora, a empresa tem até 60 dias para apresentar o plano de recuperação. A companhia informou por nota que "os compromissos assumidos com seus credores serão respeitados". O pedido foi protocolado em 31 de outubro e, inicialmente, havia sido negado pela justiça. A dívida é estimada em R$ 1,8 bilhão e o processo corre em segredo de justiça.
Em comunicado anterior, a SouthRock resaltou que a inflação, pandemia e as taxas de juros elevadas agravaram os desafios para todos os varejistas.
Fundada em 2015, a companhia adquiriu as operações da Starbucks em 2018 e expandiu sua operação para além do eixo São Paulo-Rio no ano seguinte. Mais recentemente, em 2022, adquiriu a Subway, que possui 1.600 unidades no país e a Eataly, que possui uma unidade localizada na capital paulista.
Recuperação judicial e falência: qual a diferença?
Apesar do termo recuperação judicial assustar, ele não é sinônimo de falência ou de fechamento da empresa. Durante o processo de recuperação judicial há "preocupação em resolver na Justiça as dívidas, para que a empresa saia com vida depois", afirma o economista, Luiz Rabi.
A recuperação judicial é um recurso para justamente evitar a falência. Por isso, é solicitada pelo próprio devedor. O processo permite que as companhias renegociem as dívidas acumuladas.
A falência, por sua vez, é quando a Justiça contabiliza e vende os bens da empresa com o objetivo de pagar as dívidas em aberto e, então, encerrar as atividades da companhia. É solicitada pelos dividendos.