Justiça do Rio faz nova audiência sobre a morte de Kathlen Romeu

A Justiça do Rio de Janeiro fez nesta 2ª feira (27.nov) mais uma audiência para o julgamento do caso envolvendo a morte de Kathlen Romeu -- a jovem baleada durante uma operação policial no Complexo do Lins. Dois anos e meio depois, o processo ainda está na primeira fase.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

A jovem estava grávida de três meses quando foi morta com um tiro de fuzil. Dois policiais militares são acusados pelo homicídio e por alterarem a cena do crime. Eles alegam que houve troca de tiros com traficantes durante patrulhamento. Outros três PMs foram denunciados por fraude processual e falso testemunho.

A família de Katlhen espera que o caso vá a juri popular. "Eu estou brigando com o estado, né? Existe um corporativismo do estado, porque eu sempre falo, que se tivesse tacado uma pedra na cabeça de um juiz, eu já estava presa no mesmo dia", afirma Jackeline Oliveira, mãe de Kathlen.

Outro caso que permanece sem desfecho é o do adolescente João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos. Ele jogava videogame com mais cinco amigos, na casa do tio, quando policiais civis teriam entrado atirando. Ele foi baleado na barriga e não resistiu. Três agentes respondem pela morte do adolescente, em setembro do ano passado, no Complexo do Salgueiro, na região metropolitana do Rio. Nesta 2ª feira, duas testemunhas seriam ouvidas novamente, mas a audiência foi cancelada.

"A testemunha não foi localizada, então não foi possível acareação. Agora as partes vão apresentar suas alegações finais e o juízo então vai pronunciar ou impronunciar os réus, ter uma decisão que determina a ida deles para o tribunal do juri", afirma a promotora Karina Puppin.

Ainda não há data para o julgamento. "São três anos e meio nessa luta, nessa espera. Já são sete audiências, e cada audiência é um tormento para família, você voltar a relembrar tudo", diz Rafaela Santos, mãe de João Pedro.