Caso Bernardo: pai e madrasta são condenados por tortura contra o garoto
Leandro e Graciele também foram condenados por abandono material e submissão a vexame e constrangimento
Paulo Sabbadin
A Justiça do Rio Grande do Sul condenou, nesta 6ª feira (22.set), Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, pai e madrasta de Bernardo Boldrini, pelos crimes de tortura, abandono material e submissão a vexame e constrangimento cometidos o garoto de 11 anos, que foi assassinado em 2014.
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Leandro foi condenado a 5 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão. Já Graciele recebeu pena de 2 dois anos e 6 seis meses de detenção, em regime inicial semiaberto. Ambos também terão que pagar multa.
Na denúncia feita pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o promotor Bruno Bonamente afirma que Leandro e Graciela "expuseram a vítima a intenso sofrimento mental, cujo propósito era o de desestabilizar-lhe emocionalmente, incutindo-lhe o terror, atos estes que eliminaram as referências de uma vida saudável".
Bernardo era submetido a torturas psicológicas como não poder conviver e interagir com sua irmã e ameaças, inclusive de morte.
O pai Leandro Boldrini já havia sido a 31 anos e oito meses de prisão, inicialmente a ser cumprido em regime fechado, por homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica.
A madrasta Graciele Ugulini foi condenada a 34 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver.