De 8/1 a saúde: livro do STF em parceria com UnB analisa a desinformação
Obra reúne artigos de pesquisadores em comunicação e juristas, com destaque a Rosa Weber
Com a proposta de ampliar o debate a respeito dos efeitos da desinformação na sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Universidade de Brasília (UnB) lançaram em parceria o livro "Desinformação - O mal do século - Distorções, inverdades, fake news: a democracia ameaçada". A publicação reúne artigos de pesquisadores e de juristas, entre eles, da presidente do STF, ministra Rosa Weber, que trata de iniciativas do Judiciário.
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O trabalho teve uma duração de um ano, e fez parte do programa de combate à desinformação da Corte. A edição, disponível on-line, contou com a colaboração de 31 autores, e foi conduzida pela professora da Faculdade de Comunicação da UnB Thaïs de Mendonça Jorge.
Ao SBT News, a professora relata que a abordagem do livro é voltada para o público de forma geral, indo além do meio acadêmico. "Ele é dirigido a um público muito amplo, não só professores e pesquisadores que investigam essa área, como também pessoas que gostam do tema e estão inquietas com esse fenômeno que está acontecendo no Brasil e no mundo. O público é esse. A linguagem, embora acadêmica, interessa a qualquer pessoa", diz.
Jorge também afirma que a obra tem a intenção de estabelecer quais são os parâmetros da desinformação. "Estamos em um mundo das fake news como se fosse para poder estudar e definir o conceito. Uma das preocupações foi conceituar o que a gente considera uma desordem da desinformação. Está tudo desordenado, todos falando várias coisas", destaca.
Entre os temas, o livro traz artigos relacionados ao 8 de janeiro, ao discurso do presidente Bolsonaro na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2022, e relacionados à saúde. A obra foi lançada oficialmente na última 5ª feira (16.set), e teve todos os exemplares esgotados, mas segue disponível na internet.
O lançamento do livro contou com a participação do secretário-geral da Presidência do STF, Estevão Waterloo, e a chefe de gabinete da Presidência do STF, Paula Pessoa, no lugar da ministra Rosa Weber, que participava do julgamento das ações penais sobre os atos antidemocráticos de 8/1 e não pôde deixar a sessão. Além de Thaïs de Mendonça Jorge e outros pesquisadores.