Justiça aceita denúncia contra 3 suspeitos pela morte de PM no Guarujá
De acordo com o MPSP, soma das penas para cada um pode chegar a 65 anos de prisão
A Justiça de São Paulo aceitou, nesta 3ª feira (08.ago), uma denúncia do Ministério Público contra três homens pelo homicídio do policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), Patrick Bastos Reis, na comunidade Vila Zilda, no Guarujá, litoral de São Paulo.
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Os suspeitos devem responder pela tentativa de homicídio contra outros três agentes, além de crimes relacionados ao tráfico de drogas.
De acordo com a denúncia, a condenação pelos delitos pode representar uma pena de até 65 anos de reclusão para cada um dos acusados.
RELEMBRE O CASO
No dia 28 de julho deste ano, Patrick realizava um patrulhamento com outros três policiais nas proximidades da comunidade Vila Zilda quando criminosos se aproximaram e dispararam contra os agentes, que revidaram.
No confronto, Reis foi atingido no tórax. O policial chegou a ser socorrido para um hospital da região, mas não resistiu.
Em resposta à morte do policial, foi realizada a Operação Escudo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), 160 pessoas foram presas pelas forças de segurança durante a operação no Guarujá. Outras 16 pessoas morreram em decorrência da ação policial.
O governo paulista considera que todos os óbitos aconteceram em situações de confronto. Ainda Segundo a SSP, as ações de todos os agentes envolvidos na Operação Escudo serão apuradas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) e por meio de inquéritos policiais militares.
Além disso, a pasta afirma que as imagens das câmeras de segurança acopladas aos uniformes dos policiais estão à disposição do Poder Judiciário e da Corregedoria da Polícia Militar.
Entretanto, em entrevista coletiva na última 2ª feira (07.ago), a polícia esclareceu que 10 das 16 equipes envolvidas nas ações que resultaram em mortes durante a operação em Guarujá contavam com câmeras corporais.