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Torres nega interferência na PRF e PF em blitze do 2º turno em 2022

Ex-ministro foi ouvido pela PF sobre bloqueios em rodovias do Nordeste e viagem à Bahia; ele disse visitado obra

Torres nega interferência na PRF e PF em blitze do 2º turno em 2022
torres
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O ex-ministro da Justiça Anderson Torres negou interferência nas operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e na Polícia Federal, na Operação Eleições 2022. Preso há mais de 100 dias, Torres prestou depoimento na PF nesta 2ª feira (8.mai), em inquérito que apura as blitze realizadas no segundo turno, em estados do Nordeste, em especial, na Bahia.

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A PF quis saber por que Torres, quando era ministro, pediu a elaboração de um boletim para a delegada Marília Alencar, sua subordinada, sobre o mapeamento dos votos por cidades do primeiro turno.

Torres afirmou que o documento foi apresentado a ele pela assessora, e "não compartilhou com a PRF" nem com a PF, em especial, a Superintendência da Bahia.

Depondo como declarante e não como investigado, Torres afirmou que jamais interferiu nas operações e em seus planejamentos, tanto da PRF como da PF.

O inquérito foi aberto por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após representações de partidos na Justiça Eleitoral, que questionaram os bloqueios da PRF no segundo turno.

A Operação Eleições 2022 foi planejada pela PRF e teve reforços e blitze programadas como ocorre toda disputa. No entanto, apura-se um reforço desproporcional que teria sido feito em regiões em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria perdido para Lula.

Reunião na Bahia

Uma viagem de Torres dias antes para a Bahia, para uma reunião da Superintendência da PF, com o então diretor-geral da PF, Márcio Nunes Oliveira. A suspeita é que eles tenha cobrado reforço da PF nas ações da PRF.

Torres disse que a ideia de ir até a Bahia foi do então diretor-geral da PF, Márcio Nunes. O convite era para visitar a obra da Superintendência da PF.

O ex-ministro disse que não houve "determinação" para atuação conjunta entre PF e PRF. Torres disse que sua preocupação "era o combate aos crimes eleitorais", independentemente de candidato ou partido.

As apurações decorrem de reclamações feitas por partidos e políticos, no dia 30 de outubro, via redes sociais. Eles acusaram a PRF de fazer bloqueios irregulares em rodovias para prejudicar a disputa . 

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Trecho do plano da Operação Eleições sobre polarização acentuada | Reprodução

A Operação Eleições 2022 foi planejada previamente, com acompanhamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No final da tarde do segundo turno, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que não houve prejuízo às eleições. "Nenhum eleitor disse que deixou de votar, que voltou à origem. Então não houve prejuízo aos eleitores."

Torres deixou a sede da corporação após mais de duas horas de oitiva. O ex-ministro foi escoltado pela Polícia Militar. O ex-ministro, preso desde o dia 14 de janeiro em um batalhão da Polícia Militar do DF por suposta omissão nos atentados terroristas contra os prédios dos Três Poderes.

Após o depoimento, o advogado do ex-ministro, Eumar Novacki, enviou nota a imprensa dizendo que o cliente "é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá". 

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