STF torna réus mais 200 acusados de participação nos atos golpistas
Placar no Supremo foi de 8 a 2, com votos contrários dos ministros Nunes Marques e André Mendonça
SBT News
O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu a análise e transformou em réus mais 200 acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.
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Assim como nas 100 primeiras denúncias, o placar foi de 8 a 2, com votos contrários dos ministros Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados à corte pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
São dois inquéritos que investigam esses atos. O primeiro deles apura a suposta autoria intelectual e o financiamento dos ataques. Estão enquadradas neste inquérito as pessoas detidas no acampamento em frente ao QG do Exército no dia 9 de janeiro. Já o outro inquérito investiga os ataques aos prédios em si, englobando quem foi detido na Esplanada dos Ministérios no dia das depredações.
Tanto Nunes Marques quanto André Mendonça votaram contra tornar réus os detidos no QG. Já em relação aos detidos na Esplanada, eles defendem que os processos sejam enviados à primeira instância, não julgados no STF.
O Supremo já havia formado maioria para aceitar as denúncias contra essas 200 pessoas na semana passada. Essa foi a segunda leva de denúncias analisadas. Agora, ao todo, são 300 réus por envolvimento nos atos.
Logo depois do fim do prazo para análise dessas 200 denúncias, à 0h desta 4ª feira (3.mai), já foi aberta uma sessão virtual para julgamento de mais 250 denúncias. O prazo para a conclusão deste julgamento vai até as 23h59 da próxima 2ª feira (8.mai).
Ao todo, a PGR denunciou 1.390 pessoas por envolvimento no ataque às sedes dos Três Poderes, sendo 239 no inquérito dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e financiadores e uma, o ex-ministro Anderson Torres, em um terceiro inquérito, que apura a suposta omissão de agentes públicos nos atos.
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