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Justiça

Cappelli faz acenos aos militares e diz que governo não teme CPMI

Interino diz que ex-ministros de Bolsonaro, Heleno e Braga Netto "prestaram um péssimo serviço à nação"

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Ricardo Cappelli
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O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, disse que os ex-ministros militares General Braga Netto (Defesa) e Augusto Heleno (GSI) fizeram "um péssimo serviço" ao país. Em entrevista ao SBT News nesta 3ª feira (25.abr), afirmou ainda que a maior parte dos funcionários do Gabinete será renovada.

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"Eu tenho um profundo respeito pelo Exército Brasileiro, mas os generais Braga Netto e Augusto Heleno prestaram um péssimo serviço a nossa pátria ao tentar politizar o nosso Exército, que tantos serviços já prestou e prestam à nossa nação", disse. 

Durante a entrevista, conduzida pela repórter Nathalia Fruet, Cappeli fez diversos acenos aos militares, que compõem a maior parte do quadro de funcionários do GSI. Ele citou uma frase do general legalista Peri Bevilacqua - opositor a ditadura militar - dizendo que "quando a política entra por uma porta do quartel a disciplina sai pela outra". Na avaliação do interino, "eles (Braga Netto e Heleno) passaram novembro e dezembro fazendo insinuações, incitando atos contra a democracia brasileira e manchando a postura do glorioso Exército Brasileiro".

Cappelli ainda afirmou que a reforma no GSI começa a partir desta 4ª feira (26.abr). Ele disse que 35% do quadro de funcionários já foi desonarada nas primeiras canetadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente da função. Segundo o interino, a próxima leva será feita nos próximos dias e que já há substitutos para funções dos escalões mais altos da pasta. No entanto, Cappelli frisou que o presidente Lula, na volta da viagem oficial à Europa, e o próximo ministro do GSI serão os responsáveis por decidir quem deixará o órgão.

"A gente começa a encaminhar tudo a partir de amanhã (4ª feira). Eu recebi a missão do presidente Lula em acelerar a renovação do GSI. Estou em contato com o ministro Múcio (da Defesa) e outros ministros e ex-ministros, colhendo opiniões e informações para que possa levantar as informações ao presidente Lula para que ele possa decidir. A renovação será feita no máximo possível sem comprometer o GSI", disse. 

Ao comentar sobre a oitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal (PF) nesta 4ª feira (25.abr), Cappelli disse que ele tem muito a esclarecer.

 "O comantande maior e chefes das Forças Armadas era o ex-presidente Jair Bolsonaro, e no dia 8 de janeiro quando derrotado nas urnas, ele incentiva ou no minimo é conivente com os acampamentos golpistas. Isso não existe na história do Brasim nem de outros países. Quem autorizou (os acampamentos)? Quem foi conivente? É isso que o ex-presidente precisa responder", disse.

A repórter Nathália Fruet entrevista o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli | Reprodução

CPMI dos atos

Ao ser questionado sobre a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) e se isso pode gerar desgaste ao governo, Cappelli disse que estão "do lado da verdade" e espera que toda a cadeia ligada aos atos seja descoberta. 

"Nós estamos do lado da verdade, não temos receio de nada e esperamos que a CPMI avance não só para  identificar os agressores, os financiadores, mas também os conspiradores", concluiu.

Assista à íntegra da entrevista do ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, ao SBT News:

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