Moraes autoriza nova coleta de DNA de golpistas presos no 8/1
PF pediu para analisar material genético, datiloscópico e fotográfico, em busca de provas contra detidos e indiciados
O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a Polícia Federal a fazer a coleta de material genético, datiloscópico e fotográfico dos presos e indiciados nos inquéritos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
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O pedido foi feito pela PF, nos inquéritos da Operação Lesa Pátria, para complementar o levantamento de provas contra os alvos que foram presos ou indiciados no STF.
Moraes havia autorizado, em 11 de janeiro, a coleta de material para análsie de DNA das pessoas presas no dia das invasões às sedes dos Executivo, Legislativo e Judiciário, promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O novo pedido foi feito pelo delegado Alexandre Camôes Besse, que pediu ainda acesso ao Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais para cruzamento de dados.
"Defiro a representação policial para coletar material genético (saliva), datiloscópico e fotográfico de todos os identificados que forem presos ou indiciados no presente IPL (inquérito policial); e acessar ao Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais", decidiu Moraes, nesta 3ª feira (18.abr).
No despacho, Moraes lembra que "em decisão de 11/01/2023, deferi a representação policial pela medida cautelar de identificação criminal
mediante a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético das pessoas presas em flagrante no Quartel-General do Exército, em Brasília, na manhã do dia 9/1/2023".
"Assim, naturalmente, a autorização deverá compreender, ainda, os demais presos relacionados aos referidos atos golpistas, para completa
elucidação dos fatos e precisa apuração da responsabilidade de cada um dos investigados."
Nesta semana, o STF deve abrir as primeiras ações penais contra um grupo de 100 golpistas. Em sessão virtual, os ministros estão analisando as primeiras denúncias entregues pelo Ministério Público Federal (MPF), pedindo a condenação dos alvos.
São 50 acusados de serem executores das invasões e depredações nos prédios do Planalto, Congresso e Supremo, e 50 incitadores ou autores intelectuais dos crimes. A sessão começou na 3ª feira (18.abr) e vai até a próxima 3ª feira (24.abr). Cinco ministros já votaram até a noite desta 4ª feira (19.abr) pela abertura dos processos.
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