Ministério dos Direitos Humanos organiza semana contra violações da ditadura
Série de iniciativas busca fazer reparação histórica no aniversário de 59 anos do golpe militar
Entre os dias 24 de março e 03 de abril, período em que o país vivia a ascensão da ditadura militar há 59 anos, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) irá realizar uma série de ações com intuito de peservação da memória do período, além de reforçar a luta pela democracia e justiça social.
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De acordo com o assessor especial da pasta, Nilmário Miranda, a semana do "Nunca Mais" também foi pensada por acontecimentos mais contemporâneos do que o 31 de março de 1964.
"Movimentos recentes da nossa história, a exemplo dos últimos seis anos, agiram de modo contrário ao interesse social. Também por isso estamos promovendo essas agendas que retomam o protagonismo da nossa luta por democracia", afirmou Nilmário.
Na série de iniciativas da semana, estão uma audiência com mais de 150 familiares de pessoas mortas e desaparecidas com a presença do ministro Silvio Almeida, que também participará da Caminhada do Silêncio, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, com o objetivo de "promover uma caminhada silenciosa em memória das vítimas de violência estatal", além da visitação da vala clandestina no cemitério Dom Bosco, em Perus, distrito a noroeste da cidade de São Paulo, no qual foram sepultados desaparecidos políticos do periodo ditatorial.
Será realizada também uma sessão da Comissão de Anistia, presidida pela professora Eneá de Stutz e Almeida. "Quem foi vítima de perseguição por meio do Estado, sobretudo, anseia por ouvir de quem o violou em seus direitos humanos uma declaração de reconhecimento do erro. Acima de tudo, a reparação simbólica pela reparação do Estado brasileiro diante dos abusos autoritaristas é insubstituível", afirma Stuz.
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