Rosa Weber cita invasões e diz que ação aumentou harmonia entre Poderes
Presidente do STF relembrou reconstituição de Plenário e classificou como "desprezível" atos de 8 de janeiro
Lis Cappi
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, afirmou que as invasões ao Supremo e demais espaços do centro de Brasília em 8 de janeiro aumentaram a harmonia entre os Poderes. As afirmações foram dadas em sessão que retomou os trabalhos do STF nesta 4ª feira (8.fev).
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"É preciso reprisar que o vilipêndio às instalações dos três pilares da democracia - Congresso Nacional, Palácio do Planalto e essa Suprema Corte - longe de enfraquecer a nossa democracia constitucional, veio a conferir, mercê da solidariedade de todos, maior intensidade ao convívio necessariamente harmonioso entre os Poderes que compõem o estado brasileiro", declarou a presidente da Corte.
Rosa Weber também afirmou que no ano que se inicia, o STF "continuará vigilante", com a manutenção do respeito, harmonia e independência dos Poderes: "Não me canso de reprisar, na defesa da Constituição e da ordem democrática". E defendeu a punição aos que participaram das invasões.
"Paralelamente às ações destinadas a reparar os danos causados ao patrimônio público e a responsabilização dos seus agentes, é a resposta fundamental que se impunha sem qualquer hesitação aos atos de violência contra as instituições democráticas, e essa resposta está sendo dada", apontou a magistrada.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, também participou da sessão de abertura do STF, e apontou que as ações são "lamentáveis". Aras também destacou que até esta 4ª, 652 denúncias e mais de 760 manifestações de envolvidos no caso seguiram após os atos antidemocráticos. O procurador-geral ainda pontuou que foram realizadas mais de 1.410 manifestações junto ao Ministério Público e que a PGR agiu preventivamente aos atos.
"O Ministério Público, nesses 30 dias, tem buscado a apuração e na via da ação penal a responsabilização dos culpados pelos atentados ao regime democrático em suas diversas hipóteses", disse Aras. "De forma que continuemos na repressão, apurando responsabilidade, e atuando na prevenção, para que fatos não venham a se repetir", completou em outro momento.
Leia também: