Policiais rodoviários presos por morte de Genivaldo irão a júri popular
Réus serão julgados por tortura-castigo e homicídio triplamente qualificado
Camila Stucaluc
Os três policiais rodoviários federais presos por participarem da abordagem que resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, em maio do ano passado, serão submetidos a júri popular. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e acatado pela 7ª Vara Federal de Sergipe na última 3ª feira (10.jan).
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Na decisão, a Justiça Federal manteve a prisão preventiva dos réus e determinou que eles sejam julgados pelo Tribunal do Júri quanto aos crimes de tortura-castigo e homicídio triplamente qualificado. A denúncia de crime de abuso de autoridade, por sua vez, foi rejeitada pela Vara Federal.
O caso de Genivaldo repercutiu na mídia no ano passado, uma vez que, por conta de um capacete, o homem foi trancado no porta-malas de uma viatura e obrigado a inalar gases tóxicos jogados pelos policiais. Depois de 11 minutos, com os pés batendo para fora do veículo, Genivaldo sufocou e morreu.
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No início de janeiro, o ministro da Justiça, Flávio Dino, citou o caso e afirmou que a responsabilidade civil era clara. Ele informou ainda que determinou ao Secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, "providências visando à indenização legalmente cabível" à família de Genivaldo.