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Justiça

Justiça absolve PMs acusados de executar suspeitos com ao menos 30 tiros

Policiais afirmam que vítimas estavam armadas e que tentaram atirar contra eles

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PMs efetuando os disparos
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A Justiça de São Paulo absolveu dois policiais militares acusados de executar suspeitos de roubo com pelo menos 30 tiros, em junho do ano passado. Felipe Barbosa e Vinícius Procópio morreram na hora.

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Em depoimento, o sargento André Chaves da Silva e o soldado Danilton Silveira contaram que um dos suspeitos já desceu armado e que o outro, mesmo dentro do carro, efetuou um disparo que falhou. Versão que não convenceu a ouvidoria das polícias de São Paulo.

"Não é possível que agentes do estado, que devem zelar pelas pessoas e pela segurança pública, possam fazer justiça com as próprias mãos, e o que vimos neste episodio foi execução"", afirma o ouvidor Eliseu Soares Lopes.

Pouco mais de um ano depois, os dois policiais deixaram o presídio militar Romão Gomes, absolvidos pela Justiça.

João Carlos Camparini, advogado dos policiais, afirma que "aqueles tiros que apareceram na mídia não foram de maneira nenhuma excessivos porque eles realmente encontraram aqueles rapazes armados, que apontaram armas para eles"

A maioria dos jurados entendeu que os dois PMs agiram em legítima defesa e que, por isso, são inocentes, mas a decisão de absolvê-los preocupa o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que acredita que o resultado do julgamento pode trazer a outros policiais a sensação de impunidade.

"Passa um recado pra esses policiais de que esse tipo de atuação será tolerado, e isso é muito ruim", afirma David Marques, coordenador de projetos do fórum.

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