Burger King é condenado por punir empregado com lanche "incompleto"
Só o pão, em vez de hambúrguer, e até fechar funcionário em câmara fria: ações contra quem não era rápido
Lanches incompletos, em que eram retirados até a carne e a salada do hambúrguer na hora da refeição dos funcionários, foram uma "punição" aplicada por uma rede de fast food contra colaboradores que não cumpriam prazos determinados por um supervisor. A medida, denunciada contra o Burger King, foi condenada nesta 5ª feira (28.jul) pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. A empresa precisará pagar R$ 7 mil em indenização.
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Segundo divulgou o tribunal, uma testemunha afirmou que, entre os castigos, um trabalhador chegou a ser preso na câmara fria da lanchonete, quando discordou de um chefe sobre um assunto relacionado ao futebol.
No entendimento da justiça, toda a situação pode ser considerada como dano moral. Os episódios foram caracterizados como capazes de "violar direitos extrapatrimoniais, tais como a honra, o decoro, a paz de espírito, a dignidade".
Para definir o valor da multa em R$ 7 mil, o TRT levou em conta a extensão do dano, a capacidade econômica do réu e a intenção em fazer com que a medida seja educativa, e não para enriquecer quem sofreu pela medida.
Em nota, o Burger King afirmou que a companhia está tratando tema na esfera judicial, e que a companhia prioriza "o cumprimento das normas trabalhistas e possui políticas claras de gestão de pessoas, que são divulgadas com toda liderança e colaboradores".