Senado aprova reajuste de 9% em salário de militares
Medida foi proposta pelo governo federal devido à inflação acumulada nos últimos anos; impacto estimado é de R$ 3 bi em 2025

Camila Stucaluc
O Senado Federal aprovou, na noite de quarta-feira (16), a Medida Provisória (MP) que concede reajuste salarial de 9% aos militares das Forças Armadas. Agora, a proposta, publicada no fim de março pelo governo, segue para promulgação do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP).
O reajuste, publicado em março, é resultado das negociações realizadas entre o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto apresentado estabelece o aumento salarial em duas parcelas de 4,5%: uma que entrou em vigor em abril deste ano e outra para janeiro de 2026.
Com isso, a remuneração de recrutas e soldados subiu de R$ 1.078 para R$ 1.127 em abril e chegará a R$ 1.177 em 2026. Já nos cargos mais elevados, como almirante de esquadra, general de Exército e tenente-brigadeiro, o salário passou de R$ 13.471 para R$ 14.077, e chegará a R$ 14.711 no próximo ano.
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Ao todo, 740 mil militares serão beneficiados pelo reajuste — desde soldados da ativa a reservista e pensionistas. Segundo o governo federal, a medida foi pensada devido à inflação acumulada nos últimos anos, que “resultou em defasagem na remuneração dos militares”. O impacto orçamentário estimado é de R$ 3 bilhões neste ano e R$ 5,3 bilhões em 2026.