MPRJ denuncia anestesista por estupro de vulnerável
Vítima do médico foi ouvida nesta 6ª feira (15.jul) pela polícia
Liane Borges
O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou, por estupro de vulnerável. O anestesista flagrado abusando de uma paciente durante o parto. Segundo a Promotoria, o médico agiu de forma livre e consciente, contra uma vítima impossibilitada de oferecer resistência.
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A vítima foi ouvida nesta 6ª feira (15.jul) pela polícia. A delegada responsável pelo caso foi até o escritório de advocacia que representa a paciente para tomar o depoimento dela e do marido sobre o abuso sexual cometido, no último domingo, pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra.
Outra mulher superou a vergonha e chegou para prestar depoimento na delegacia, em São João de Seriti, nesta sexta 6ª. A polícia já ouviu seis pacientes do anestesista.
Uma delas deu à luz no mesmo dia em que o médico foi preso. Ela foi sedada por Giovanni antes da cesariana. Em entrevista ao SBT, os advogados da jovem disseram que ela pode ter sido vítima de estupro por penetração.
"Tem uma hora que ela narra que o corpo começou a mexer demais, a perna começou a mexer demais. Ela sentia, pela posição do corpo, que a perna talvez estivesse pra cima e, no ângulo de visão, só tinha ele e elees tava fotografando, estava filmando, e ela não sabe se ele estava tirando selfie ou se ele estava filmando. O ato pode ter se consumado também, um ato vaginal", diz o advogado José Maria da Silva Filho.
Os investigadores enviaram o celular do médico para a perícia. O nível de sedação da paciente foi tão alto que ela só acordou seis horas após o parto.
"Os enfermeiros, inclusive, falaram assim: 'mãe, tem que acordar a mãe porque precisa dar de mamar para essa criança', que a criança não parava de chorar. Eles deram um copinho de leite de uma mãe que cedeu um copinho porque a criança não parava de chorar, com fome", conta o advogado Joabs Sobrinho.
Além de trabalhar em hospitais, o anestesista tem uma clínica de ginecologia e mastologia, onde são feitos exames e consultas com o pai. Há quatro anos, Giovanni entrou como sócio da empresa, instalada desde 1997 em um prédio no bairro de Vila Isabel, na zona norte do Rio de Janeiro. No momento, o local está fechado.
Segundo um funcionário do condomínio, o pai de Giovanni estaria de férias: "ele já estava entrando de férias essa semana. Agora, o que aconteceu, eu estou por fora, mas essa semana ele não veio trabalhar".
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