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Justiça

Acusados de assassinato de adolescente no RS são julgados

Crime ocorreu há sete anos; rapaz morto saía de uma festa

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Emocionado, pai de Ronei Jr afirmou que eles foram atacados pelas costas | Juliano Verardi
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Começou nesta 4ª feira (22.jun), no Rio Grande do Sul, o julgamento de três dos nove acusados de matar um adolescente na saída de uma festa, há sete anos. O desabafo emocionado do pai da vítima marcou o primeiro depoimento do júri.

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"O meu filho foi julgado em poucos segundos, foi sentenciado e foi executado numa calçada, não nos foi dado chance", disse, aos choros, Ronei Faleiro. "Esse é o meu sentimento", lamentou.

O pai presenciou o filho, Ronei Faleiro Júnior, de 17 anos, ser espancado até a morte com chutes, socos e garrafadas, em Charqueadas, a 60 quilômetros de Porto Alegre. Na madrugada de 1º de agosto de 2015, ele foi buscar o adolescente e um casal de amigos numa festa para arrecadar dinheiro para a formatura. No entanto, os quatro foram atacados pela gangue "Bonde da Aba Preta". O motivo seria uma rixa com a cidade vizinha de São Jerônimo, de onde era o namorado da amiga. Por mensagens, os agressores comemoraram a ação.

"Olhei pro louco assim e ele - não viaja meu. Eu dei duas garrafadas com a garrafa quebrada na cabeça dele. Comecei a fincar a garrafa nele, tá ligado?", afirmou um dos acusados. "Todo mundo, meu, pisoteando o carro e dando várias garrafadas, vários socos. Bah, foi muito tri."

Diante dos jurados, o pai lembrou que, ao chegar no hospital, Ronei ainda estava consciente. "Meu filho pediu para segurar a minha mão, olhou para mim e disse, pai, jura para mim que tu não estás machucado. Eu disse: filho, não te preocupes, estou bem, fique tranquilo. Foi a última frase do meu filho, que, antes de perder a consciência, ainda perguntou se eu estava bem."

O júri ainda ouviu o casal que estava no carro: Francielle Wienke e Richard Saraiva Almeida.

Julgamento prossegue

O julgamento deve prosseguir até 6ª feira (24.jun). No total, são nove réus, que respondem por homicídio qualificado, três tentativas de homicídio, associação criminosa e corrupção de menores. O júri, entretanto, foi dividido em três etapas, cada uma com três denunciados. Há, ainda, um décimo acusado, que está num processo separado. O Ministério Público pediu que ele seja julgado com os demais em julho.

"A população de Charqueadas, que vai estar representada em plenário por sete jurados, fará justiça."

Esta é a terceira tentativa de júri. As outras sessões foram suspensas. Uma delas, a pedido de um dos jurados, que alegou que a vítima poderia ter um problema de coagulação. "Estamos bem confiantes de que a população de Charqueadas, que vai estar representada em plenário por sete jurados, fará justiça", declarou a promotora do município gaúcho, Anahi Gracia de Barreto.

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