PGR pede que STF arquive inquérito contra Ciro Nogueira
Pedido ocorre após relatório concluir que houve suposta propina em troca de apoio para reeleição de Dilma
Alexandre Leoratti
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu para que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive o inquérito contra o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Ele é investigado por um suposto esquema de propina com o empresário Joesley Batista em troca de apoio do PP à reeleição da então presidente Dilma Rousseff (PT). A relatora do inquérito é a ministra Rosa Weber.
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Segundo o documento assinado pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, não há elementos suficientes no caso para a continuação da investigação. A manifestação da PGR ocorre após um relatório publicado pela Polícia Federal, no dia 8 de abril, concluir que houve crime cometido por Ciro Nogueira.
Conforme revelado pelo SBT News, o relatório da PF também aponta que Ciro Nogueira e o empresário discutiram nomes "ideais" para manter a influência no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Na conversa por telefone entre os dois, Ciro defende a indicação do "meu menino", Alexandre Cordeiro, à presidência do órgão. Cordeiro assumiu a presidência do Cade em julho de 2021. Segundo o ministro, Cordeiro seria um nome de "bom senso". "Meu menino, ele era meu chefe de gabinete, eu botei ele lá", diz Ciro.
Segundo o relatório da PF, Ciro Nogueira "dar a entender que tinha influência no Cade e que não poderia perder essa influência. Ele cita, como exemplo, o Conselheiro Alexandre Cordeiro como sendo um dos "seus" no conselho". Ciro e Batista também falam que o próximo presidente do Cade deve ser uma pessoa "pro-mercado.