Moraes dá 15 dias para PF detalhar suposto vazamento de dados por Bolsonaro
Decisão do ministro do STF pede relatório de todo o material colhido a partir da quebra de sigilo telemático
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu 15 dias, a partir desta 3ª feira (3.mai), para a Polícia Federal detalhar o que foi encontrado com a quebra de sigilo telemático na investigação sobre o suposto vazamento de informações sigilosas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão do ministro foi definida após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir o arquivamento do inquérito. Moraes deixou claro que a elaboração do relatório sobre o que foi encontrado na quebra de sigilo é essencial para a análise da PGR.
"A Polícia Federal, ao concluir a investigação encaminhou as mídias que contém o material obtido da quebra de sigilo telemático, não elaborando, entretanto, relatório específico da referida diligência, essencial para a completa análise dos elementos de prova pela Procuradoria-Geral da República", aponta a decisão.
Relembre o caso
Em agosto de 2021, o presidente Jair Bolsonaro divulgou em suas redes sociais detalhes sobre uma investigação sigilosa da Polícia Federal. O inquérito era sobre um suposto ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral em 2018. No entanto, de acordo com a Corte Eleitoral, não representou ameaça às eleições.
Segundo Moraes, a divulgação desta investigação foi feita para colocar em dúvida a legitimidade do processo eleitoral brasileiro, como aponta na decisão desta 3ª feira:
"Com o objetivo de expandir a narrativa fraudulenta contra o processo eleitoral brasileiro, com objetivo de tumultuá-lo, dificultá-lo, frustrá-lo ou impedi-lo, atribuindo-lhe, sem quaisquer provas ou indícios, caráter duvidoso sobre a lisura do sistema de votação no Brasil".
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