PGR denuncia ministro da Educação ao Supremo por homofobia
Pedido cita uma entrevista de 2020, quando Ribeiro relacionou homossexualismo a "famílias desajustadas"
A Procuradoria-Geral da República denunciou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelo crime de homofobia. A petição foi aberta junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta 2ª feira (31.jan), e diz respeito a declarações dadas pelo titular da Educação em uma entrevista em 2020.
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À época, já como ministro, Ribeiro disse que adolescentes por vezes optam pelo homossexualismo por estarem em "famílias desajustadas". Tanto o ponto de crítica às famílias quanto a colocação de que a orientação sexual seria uma opção foram apresentadas da denúncia como homofobia.
"Praticou o preconceito e a discriminação às orientações sexuais homoafetivas e às identidades de gênero, atribuindolhes a condição de anormalidade, bem como de decorrerem de um contexto familiar desajustado", diz trecho da petição.
As declarações do ministro foram dadas ao jornal O Estado de S. Paulo, em setembro de 2020. Ribeiro também citou que não se pode normalizar a discussão de gênero dentro de escolas.
"Por esse viés, é claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem e caminha por aí", disse.
A denúncia foi apresentada pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Medeiros. O ministro do STF que será responsável pela relatoria do caso ainda não foi designado.
Confira a íntegra da petição: