Nunes Marques suspende julgamento sobre uso de linguagem neutra em escolas
Ação deve ser julgada no Plenário físico, já com a presença do futuro ministro André Mendonça
O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu destaque no julgamento sobre a lei estadual de Rondônia que proíbe a denominada "linguagem neutra'' na grade curricular e no material didático de instituições locais de ensino, públicas ou privadas, e em editais de concursos públicos.
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Com isso, o caso deve ser analisado pelo Plenário físico, já com a presença do futuro ministro André Mendonça. O assunto é de interesse da chamada bancada evangélica no Congresso, que apoiou a indicação de Mendonça ao Supremo.
A ação estava sendo analisada no plenário virtual da Corte. Cabe ao presidente do STF, ministro Luiz Fux, pautar o caso no plenário. O processo foi ajuizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino.
A linguagem neutra utiliza pronomes não binários. Com isso, não há a identificação do masculino e feminino "ele/ela". O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu uma declaração na 3ª feira (7.dez) sobre esse tipo de linguagem.
"Lembra há dois anos atrás [sic], na questão [do Enem] sobre a linguagem neutra dos gays? Nada contra ou a favor, cada um faz o que bem entender com o seu corpo. Mas por que a linguagem neutra dos gays? O que soma para uma redação? Agora, estimula a molecada a se interessar por essa coisa", disse o presidente em conversa com apoiadores na parte externa do Palácio da Alvorada.