Boate Kiss: parentes das vítimas contam com doações para ir a julgamento
Nas redes sociais, uma vaquinha foi lançada para arrecadar fundos para o deslocamento
SBT News
Parentes das vítimas do incêndio na boate Kiss contam com doações para viajar e permanecer em Porto Alegre durante as duas semanas de julgamento do crime, o maior da história no Judiciário gaúcho, que teve início nesta 4ª feira (01.dez). Nas redes sociais, uma vaquinha foi lançada para arrecadar fundos para o deslocamento.
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"As pessoas estão desempregadas, estão sem dinheiro, e não teriam condições de estar aqui. Nós não estamos pagando nem o deslocamento", afirmou Mara Amaral Dalforno, mãe de uma das vítimas da tragédia, em janeiro de 2013. No interior do prédio onde será realizado o julgamento, além de 68 lugares no salão do Júri, 4 salas com 216 lugares foram preparadas para receber os familiares das vítimas.
Do lado do Foro Central de Porto Alegre, uma tenda também foi montada. Atendimento médico e psicológico foi disponibilizado para atender os presentes.Em Santa Maria (RS), cidade em que aconteceu a tragédia, foi montado um telão que vai transmitir o julgamento, inicialmente previsto para março de 2020, mas que foi adiado em função da pandemia da covid-19.
Os réus, Elisandro Spohr, ex-sócio da Boate, Luciano Bonilha Leão, produtor musical da banda Gurizada Fandangueira, Mauro Hoffmann, dono da Boate Kiss, e o músico Marcelo Jesus dos Santos, respondem por 242 homicídios com dolo eventual, e mais de 600 tentativas de homicídio decorrentes do incêndio na Boate, que deixou 242 mortos.