Publicidade
Justiça

Ginecologista é preso por abuso de pacientes em Canguçu (RS)

Ministério Público apura 35 denúncias de mulheres atendidas pelo médico

Imagem da noticia Ginecologista é preso por abuso de pacientes em Canguçu (RS)
Hospital de Canguçu
• Atualizado em
Publicidade

Um médico ginecologista de 65 anos foi preso preventivamente, na 5ª feira (17.mai), na cidade de Rio Grande (RS). Cairo Barbosa é acusado de violação sexual mediante fraude. Ele atendia na cidade de Canguçu, sul do estado. A prisão ocorreu depois de o médico ter sido denunciado pela segunda vez pelo Ministério Público por crimes contra pacientes.

A prisão preventiva foi decretada pela juíza Helen Fernandes Paiva, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Canguçu. A magistrada afirmou que os relatos das vítimas são "fortes, uníssonos e muito semelhantes, envolvendo mulheres de diversas idades e localidades do município, não havendo por que se desconfiar que estejam todas mentido e se expondo" sem motivo.

A juíza afirmou que, para proteger essas mulheres, "recomenda a decretação da prisão preventiva do médico, que causou tanto mal a inúmeras famílias, que se encontram abaladas pela descoberta de que suas esposas, mães, filhas, irmãs, foram vítimas do ginecologista e sofreram sozinhas as consequências emocionais inerentes ao crime sexual".

Na denúncia oferecida pelo Ministério Público, a promotora Luana Rocha Ribeiro apontou outras oito vítimas de abusos cometidos pelo profissional, todas moradoras de Canguçu. De acordo com o MP, os crimes foram cometidos nos últimos 10 anos. Em um dos casos, o médico massageou o clitóris de uma paciente, afirmando que isso era necessário para estimular os movimentos do bebê.

Na primeira denúncia, de maio, foram investigados abusos a outras quatro mulheres. Na época, o Ministério Público pediu o afastamento do profissional de suas funções. Cairo atendia em uma clínica particular e, também, no hospital da cidade. Os abusos teriam ocorrido em ambos os locais.

A promotoria segue investigando relatos de outras mulheres que afirmam terem sido vítimas do médico. Ao todo, 35 denúncias são apuradas. O advogado Gustavo Goularte, que defende o médico, disse que só vai se manifestar em juízo.

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul recebeu denúncia e abriu sindicância para investigar a existência de ilícito ético no exercício da profissão pelo ginecologista. A investigação ocorre em sigilo.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade