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STF forma maioria para obrigatoriedade do Censo apenas em 2022

Pesquisa foi cancelada por corte de gastos, mas ministros definiram que deve ocorrer no ano que vem

STF forma maioria para obrigatoriedade do Censo apenas em 2022
pesquisa censo
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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e definiu nesta 6ª feira (14.mai) que o governo federal será obrigado a tomar as medidas necessárias para realizar o Censo Demográfico, mas apenas em 2022.

A pesquisa, feita a cada 10 anos, deveria ter ocorrido em 2020, mas foi cancelada pela pandemia. Neste ano, voltou a ser adiada por falta de recursos. A realização dela não foi prevista no Orçamento para aplicação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

+ Novo corte no orçamento adia concurso e pesquisa do Censo Demográfico

O tema foi enviado ao STF em uma ação do governo do Maranhão, que considerou o cancelamento inconstitucional. Inicialmente, o ministro Marco Aurélio Mello decidiu, de forma monocrática, que o governo deveria realizar o Censo ainda neste ano. No entendimento do ministro, os dados coletados na pesquisa auxiliam o Executivo e Legislativo a elaborarem políticas públicas para garantir os direitos previstos na Constituição.

"O censo, realizado historicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), permite mapear as condições socioeconômicas de cada parte do Brasil (...) Como combater desigualdades, instituir programas de transferência de renda, construir escolas e hospitais sem prévio conhecimento das necessidades locais?", indagou Marco Aurélio em decisão.

A decisão do magistrado foi discutida no plenário virtual do Supremo nesta semana. A maioria dos ministros, no entanto, seguiu o voto de GIlmar Mendes, que manifestou-se pela obrigatoriedade da pesquisa, mas para 2022. O magistrado entendeu que no próximo ano a pesquisa teria menos dificuldades de aplicação pela pandemia de covid-19.
 

"Além de evitar as dificuldades inerentes ao recrutamento de mais de 200 mil agentes censitários e ao treinamento dos supervisores e recenseadores durante um período de agravamento da pandemia causada pelo SarsCoV-2 (vírus da covid-19), é capaz de trilhar caminho que preserva as bases da democracia representativa, especialmente a liberdade de atuação das instâncias políticas", escreveu Mendes na decisão.

 

Confira a íntegra do voto de Gilmar Mendes:

 Voto Gilmar Mendes - Censo 2021 by liscappi on Scribd

O voto foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. O ministro Edson Fachin acompanhou o pedido do relator Marco Aurélio Mello, para realização ainda em 2021.

Até o momento, Nunes Marques foi o único a votar contra a obrigatoriedade de se realizar a pesquisa. Indicado por Bolsonaro, o magistrado considera que o censo deve ocorrer apenas quando toda população estiver vacinada. Também ponderou que a disposição orçamentária para a pesquisa cabe apenas ao Executivo. 

"Ainda, na medida em que os gastos envolvidos com o censo atingem a cifra aproximada de 2 bilhões de reais, as decisões quanto à alocação de tais vultosas verbas nas políticas públicas no enfrentamento à pandemia da COVID-19 pertencem, em princípio, à seara própria do Executivo", disse, em decisão.

Os demais ministros -- Ricardo Lewandowski e o presidente do STF, Luiz Fux -- podem apresentar voto até meia-noite desta 6ª feira (14.mai). Mas a maioria já foi formada para realização do Censo Demomcráfico em 2022.

Confira a íntegra do voto de Nunes Marques:

 Voto Nunes Marques - Censo 2021 by liscappi on Scribd

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