Justiça absolve advogado acusado de fazer parte do PCC

A Justiça de São Paulo absolveu o advogado Wellington Luiz Pereira de Alcântara da acusação de fazer parte do Primeiro Comando da Capital (PCC). Wellington estava preso desde agosto do ano passado, mas foi solto após a Justiça ter considerado que não há provas contra ele. 

A decisão foi dada por um juiz de Presidente Prudente na 2ª feira (10.mai). A cidade fica próxima de Presidente Venceslau, também no interior de São Paulo, onde o advogado ficou preso por quase nove meses.O local é o mesmo onde ele trabalhava como carcereiro. Ele tinha a profissão até 2008, quando pediu exoneração e começou a atuar como advogado criminalista.

Em 2020, o SBT teve acesso a gravações que indicavam relação do PCC com Wellington de Alcântara, enquanto ele ainda atuava como carcereiro. Quando foi levado preso, as investigações apontavam proximidade dele com a facção. Ele foi indiciado por associação ao tráfico e organização criminosa armada.

Entre as provas apresentadas para a prisão de Alcântara estavam trocas de mensagens em celulares entre o advogado e outros presos. Ele chegou a enviar áudios em que afirmava ter comunicação com qualquer detento do estado. "Eu consigo qualquer presídio do estado que precise de uma comunicação. Eu tenho", disse. 

A Polícia Civil também apontou que, em 2018, ele recebeu um telegrama de Marco Herbas Camacho, o Marcola, apontado pelo Ministério Público como líder do PCC. A investigação ainda divulgou troca de áudios em que um detento teria afirmado que ele era advogado da facção.

Decisão Judicial

O juiz emitiu alvará de soltura e pediu o arquivamento do processo por considerar que não se pôde comprovar vinculação a "práticas delitivas". O magistrado também pediu que os bens apreendidos do advogado, com exceção de um simulacro de arma de fogo, sejam devolvidos.

Confira a íntegra da decisão:

Sentença Wellington de Alcântara by liscappi on Scribd

Assista à reportagem completa do SBT Brasil: