PT teme que processos de Lula ganhem velocidade no DF
Petistas foram pegos de surpresa com decisão de Fachin; e vão insistir na suspeição de Moro
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Se para fora a cúpula do PT comemora, para dentro sobra cautela. Pegos de surpresa com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, os petistas vão insistir na suspeição do ex-juiz Sergio Moro para evitar novas condenações na Justiça do Distrito Federal.
Para petistas ouvidos pelo SBT News, a decisão de Fachin serve de maneira adequada para Moro e para a Lava Jato -mas pode prejudicar Lula. Explica-se, seguindo a lógica do PT. No caso do juiz, para que ele se livre da acusação de suspeição. No caso da operação, mesmo com a anulação da condenação de Lula, os demais processos continuam de pé. E no caso do ex-presidente?
Segundo a cúpula do PT, Lula ainda pode ser condenado antes das eleições de 2022, caso os processos ganhem velocidade no Distrito Federal. E aí perderia de vez o argumento de que foi perseguido pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, sendo condenado também por outra seção judiciária. "Aí, esqueça candidatura", disse um parlamentar petista.
Por mais que exista o risco de prescrição -como alertou o procurador Deltan Dallagnol nesta 2ª feira (8.mar) no Twitter-, os petistas temem que os "atos instrutórios" mantidos na íntegra por Fachin (que apenas anulou a sentença) facilitem o trabalho dos magistrados do Distrito Federal em eventual condenação. Lula manteria os direitos políticos por menos de um ano.
Como o jogo para torcida é o que vale por ora, a estratégia dos petistas é levá-lo de volta ao ringue contra Bolsonaro, com a legitimidade de ter recuperado os direitos políticos. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad assim voltaria para a reserva -pelo menos na candidatura presidencial. "Neste primeiro momento, porém, os movimentos serão mais restritos com a pandemia", disse o petista.
Para petistas ouvidos pelo SBT News, a decisão de Fachin serve de maneira adequada para Moro e para a Lava Jato -mas pode prejudicar Lula. Explica-se, seguindo a lógica do PT. No caso do juiz, para que ele se livre da acusação de suspeição. No caso da operação, mesmo com a anulação da condenação de Lula, os demais processos continuam de pé. E no caso do ex-presidente?
Segundo a cúpula do PT, Lula ainda pode ser condenado antes das eleições de 2022, caso os processos ganhem velocidade no Distrito Federal. E aí perderia de vez o argumento de que foi perseguido pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, sendo condenado também por outra seção judiciária. "Aí, esqueça candidatura", disse um parlamentar petista.
Por mais que exista o risco de prescrição -como alertou o procurador Deltan Dallagnol nesta 2ª feira (8.mar) no Twitter-, os petistas temem que os "atos instrutórios" mantidos na íntegra por Fachin (que apenas anulou a sentença) facilitem o trabalho dos magistrados do Distrito Federal em eventual condenação. Lula manteria os direitos políticos por menos de um ano.
Haddad
Como o jogo para torcida é o que vale por ora, a estratégia dos petistas é levá-lo de volta ao ringue contra Bolsonaro, com a legitimidade de ter recuperado os direitos políticos. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad assim voltaria para a reserva -pelo menos na candidatura presidencial. "Neste primeiro momento, porém, os movimentos serão mais restritos com a pandemia", disse o petista.
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