"Não vamos mais aceitar que as redes sociais sejam terra de ninguém", diz Moraes
Ministro defende que as regras de fora da internet também sejam aplicadas às milícias digitais
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Ao participar do webinário "Eleições 2022 e Desinformação no Brasil" da Fundação Getúlio Vargas nesta segunda-feira (22.fev), o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal defendeu que sejam aplicadas nas redes sociais as mesmas regras que são aplicadas fora da internet.
O ministro destacou que liberdade com responsabilidade deve ser observada para quem produz, difunde e financia notícias. Além disso, as plataformas não podem mais ser consideradas apenas empresas de tecnologia.
Moraes, que é relator do inquérito das fake news, destacou que em dois anos de investigação chegou a núcleos que fazem parte de uma verdadeira organização criminosa e de ódio.
São eles:
1 - núcleo de produção - são vídeos bem produzidos, montagens bem produzidas
2 - núcleo difusor, que também usa robôs para divulgar as informações falsas
3 - núcleo político com autoridades dizendo o que o povo quer, criticando o regime democrático de direito, defendendo AI 5 e a ditadura
4 - núcleo de financiamento - empresários que tem intuitos eleitorais e políticos
"Quando há uma postagem de ódio e alguém critica, essa pessoa é atacada por dias e acaba sumindo da internet", disse Moraes."Precisamos combater esse grupos e evitar o retorno de um discurso profissional fascista e de ódio", declarou.
Moraes concluiu dizendo que o grande desafio hoje,- que inclui os 3 poderes, o Ministério Público, a imprensa livre e a academia-, é "impedir que as milícias digitais desacreditem o estado de direito e interfiram nas eleições de 2022". Ele destacou que a constituição dá os instrumentos e que a liberdade de atuação da imprensa, principalmente, é importante nesta batalha, que não pode dar "tolerância aos regimes fascistas e nazistas que querem a volta da ditadura".
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