Justiça
Lava Jato teria tentado pressionar STF e STJ, mostram mensagens
Diálogos da Operação Spoofing divulgados por advogados de Lula revelariam tentativas de constrangimentos
Ricardo Chapola
• Atualizado em
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Nova remessa de mensagens da Operação Spoofing revelam que procuradores da Operação Lava Jatode Curitiba agiram para colocar ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça "contra a parede".
O conteúdo foi encaminhado nesta quarta-feira (17.fev) pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao STF, que adquiriu o direito de ter acesso a esse material após decisão da 2ª Turma da Corte em 9 de fevereiro. Lula chegou a ser preso no âmbito da Lava Jato e responde como réu em alguns processos.
Segundo os advogados do ex-presidente, as mensagens mostram que "a Lava Jato buscava atacar os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, forçando delações que estavam sendo planejadas em Curitiba" e também de colocar magistardos "contra a parede". Os juristas afirmam que os procuradores planejavam também ataques a Alexandre de Moraes.
Em anexo, a defesa de Lula anexou uma mensagem atribuída ao chefe da Lava Jato de Curitiba, o procurador da República, Deltan Dallagnol. O texto diz o seguinte:
"Seguem ponderações da Liliana sobre a questão do foro. Acho que podemos alimentar os movimentos pra direcionarem atenção pra Alexandre de Moraes. Se pegar sem a nossa cara, melhor, porque fico pensando em possível efeto contrário em que nós querermos colocar o STF contra a parede", diz um trecho do material. "Até postei hoje sobre Alexandre de Moraes, ese quiser postar o que quiser manda ver, mas acho que a estratégia de usarmos os movimentos será melhor, se funcionar. Aquela informação do Andrey, eu pasei pro Antagonista, anonimizada, via Liliana".
Outros diálogos anexados à petição da defesa de Lula apontam que a Lava Jato "engendrou e implementou ataques ao ministro do STJ, Ribeiro Dantas, que à época era o relator da opração naquele tribunal. O objetivo era enfraquecê-lo e de retirá-lo da relatoria da Lava Jato". Segundo os advogados, isso efetivamente aconteceu.
Em seguida, anexaram trecho de mensagens que também indicavam a intenção dos procuradores de colocar o STJ "contra a parede". Nela, um magistrado sugere preparar uma peça e que planeja estratégia para pressionar a Corte.
"Você tem condições de estudar isso e preparar uma peça? Delega para um assessor fazer a checagem dos outros casos...Já vi esses moviments antes de dretores e parece que o STJ não soltou.... Podemos colocar o STJ contra a parede, e podemos veicular na impresa a estratégia. Muito importante", diz a mensagem.
Para a defesa de Lula, os procuradores da Lava Jato "atuavam, deliberadamente, para constranger magistrados daquela Corte - inclusive por meio de vazamentos planejados de delações premiadas que eles próprios sabiam que não tinham materialidade".
O conteúdo foi encaminhado nesta quarta-feira (17.fev) pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao STF, que adquiriu o direito de ter acesso a esse material após decisão da 2ª Turma da Corte em 9 de fevereiro. Lula chegou a ser preso no âmbito da Lava Jato e responde como réu em alguns processos.
Segundo os advogados do ex-presidente, as mensagens mostram que "a Lava Jato buscava atacar os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, forçando delações que estavam sendo planejadas em Curitiba" e também de colocar magistardos "contra a parede". Os juristas afirmam que os procuradores planejavam também ataques a Alexandre de Moraes.
Em anexo, a defesa de Lula anexou uma mensagem atribuída ao chefe da Lava Jato de Curitiba, o procurador da República, Deltan Dallagnol. O texto diz o seguinte:
"Seguem ponderações da Liliana sobre a questão do foro. Acho que podemos alimentar os movimentos pra direcionarem atenção pra Alexandre de Moraes. Se pegar sem a nossa cara, melhor, porque fico pensando em possível efeto contrário em que nós querermos colocar o STF contra a parede", diz um trecho do material. "Até postei hoje sobre Alexandre de Moraes, ese quiser postar o que quiser manda ver, mas acho que a estratégia de usarmos os movimentos será melhor, se funcionar. Aquela informação do Andrey, eu pasei pro Antagonista, anonimizada, via Liliana".
Outros diálogos anexados à petição da defesa de Lula apontam que a Lava Jato "engendrou e implementou ataques ao ministro do STJ, Ribeiro Dantas, que à época era o relator da opração naquele tribunal. O objetivo era enfraquecê-lo e de retirá-lo da relatoria da Lava Jato". Segundo os advogados, isso efetivamente aconteceu.
Em seguida, anexaram trecho de mensagens que também indicavam a intenção dos procuradores de colocar o STJ "contra a parede". Nela, um magistrado sugere preparar uma peça e que planeja estratégia para pressionar a Corte.
"Você tem condições de estudar isso e preparar uma peça? Delega para um assessor fazer a checagem dos outros casos...Já vi esses moviments antes de dretores e parece que o STJ não soltou.... Podemos colocar o STJ contra a parede, e podemos veicular na impresa a estratégia. Muito importante", diz a mensagem.
Para a defesa de Lula, os procuradores da Lava Jato "atuavam, deliberadamente, para constranger magistrados daquela Corte - inclusive por meio de vazamentos planejados de delações premiadas que eles próprios sabiam que não tinham materialidade".
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