Confira a escalada das declarações de militares, ministros do STF e parlamentares
Praça dos 3 Poderes - Foto: STF
SBT News
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, relator da Lava-Jato, reagiu em nota na última segunda-feira (15.fev) ao ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas. Em livro, o militar da reserva afirmou que uma publicação no Twitter feita antes do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, passou antes pelo Alto Comando do Exército e tinha o intuito de alertar os ministros.
1. O ministro Fachin chamou de "inaceitável" a informação e "intolerável" qualquer forma ou modo de pressão sobre o Judiciário. Foi criticado porque reagiu anos depois à declaração do general. Mas ganhou apoio de outros ministros. Na terça-feira (18.fev), Gilmar Mendes se manifestou sobre os tuítes feitos pelo ex-comandante do Exército em 2018. Defendeu a separação dos poderes e afirmou "Ditadura nunca mais".
2. Em resposta curta, o general Villas Bôas ironizou e disse que Fachin perdeu o "timing" ao dar declarações "três anos depois".
3. Ainda na terça-feira de carnaval, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) se manifestou e atacou diretamente o ministro Fachin nas redes sociais. Em vídeo, Silveira também desafia o ministro Edson Fachin a prender o general Villas Bôas, ex-comandante do Exército
4. Horas depois, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal foi à casa do deputado do PSL para cumprir ordem de prisão contra ele.
5. O presidente da Câmara, Arthur Lira, pediu tranquilidade na avaliação da prisão e convocou reunião da Mesa Diretora e Colégio de Líderes para esta quarta-feira (17.fev) à tarde.
6. O presidente do STF, Luiz Fux, alterou a pauta da sessão de julgamentos de hoje para que todos os ministros avaliem a decisão tomada monocraticamente pelo ministro Alexandre de Moraes e o STF referende ou não a prisão de Daniel Silveira.
