Parentes tentam provar inocência de dois rapazes presos há 11 dias em SP

Detidos depois de serem reconhecidos por uma testemunha, os jovens João Igo Santos Silva, 37 anos, produtor musical, e Felipe Ferreira, de 20 anos, lutador de MMA e professor de boxe, agora contam com imagens das câmeras de segurança para reforçar a versão de que não participaram de um roubo. O crime foi em 2 de janeiro.

De acordo com o processo, dois homens roubaram a bolsa de uma diarista e fugiram correndo. Na bolsa tinham R$ 150 e um celular. Pouco antes, um vigilante havia sido assaltado perto do local. A vítima, a diarista, pediu ajuda a um motorista de aplicativo, que teria seguido dois suspeitos até o Terminal Pinheiros. Segundo a investigação, o motorista garantiu ter visto o ônibus onde os suspeitos entraram e acionou a polícia. 

Dentro do ônibus estavam João e Felipe. Os suspeitos negros foram obrigados a descer do coletivo. De lá, foram conduzidos até a delegacia. 

Em depoimento, os amigos João e Felipe negaram qualquer envolvimento nos crimes. Eles alegam ter ido até o Largo da Batata, uma das regiões boêmias da cidade, para jantar. Tanto o vigilante quanto a diarista disseram não ser capazes de reconhecê-los como autores dos roubos. 

Os objetos das vítimas não foram encontrados com os rapazes. Sem haver qualquer prova do envolvimento de Felipe e João no crime, o Delegado de Polícia Rafael Cantoni decidiu decretar a prisão em flagrante dos amigos baseado no depoimento do motorista de aplicativo, que não testemunhou o caso. 

Semana passada, a defesa impetrou um habeas corpus em caráter de urgência para que os rapazes sejam liberados. Até agora, não obtiveram respostas da justiça. 

VÍDEO - Assista à reportagem do SBT Brasil sobre o caso