Grupo de tráfico internacional de drogas é preso em Viracopos
Organização aliciava funcionários de aeroporto para enviar os entorpecentes para Europa, 35 foram presos
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Organização criminosa aliciava funcionários da área de segurança do aeroporto para enviar as drogas para fora do País. Foto: Divulgação/Polícia Federal.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (6 out.) a Operação Overload, em alusão ao excesso de carga, conteve parte de uma organização criminosa, com ramificações em diversos estados do Brasil e no exterior, voltada ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, agindo principalmente no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior paulista. 35 investigados foram presos, destes, 2 são mulheres.
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As investigações realizadas em parceria com a Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar de São Paulo começaram em fevereiro de 2019, quando os policiais apreenderam 58 kg de cocaína na área restrita de segurança de Viracopos. A droga seria destinada para Europa. A partir desta apreensão, a Polícia Federal mapeou a atuação de toda a organização criminosa, identificando as respectivas lideranças, suas relações e a forma praticada para exportar o grande volume de cocaína pelo aeroporto.
Ao todo, mais de 200 policiais federais, 80 policiais militares e 6 policiais civis participam do cumprimento de 44 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão temporária em quatro estados do País. Os bens imóveis, veículos, contas bancárias e empresas da organização criminosa foram identificados, apreendidos e bloqueados. Além disso, os policiais apreenderam 250 kg de cocaína pertencente ao grupo.
De acordo com as investigações, o grupo é estruturado por brasileiros, que fornecia a droga, aliciavam funcionários de logística do aeroporto, agiam na lavagem de dinheiro e financiava o esquema criminoso; e a outra parte do grupo era formada por estrangeiros, que recebiam a droga na Europa.
Além de profissionais da logística aeroportuária, os criminosos aliciavam empregados e ex-empregados de empresas prestadoras de serviço que atuavam nas áreas restritas como vigilantes, operadores de tratores, coordenadores de tráfego, motoristas de viaturas, auxiliares de rampa, operadores de equipamentos e funcionários de empresas fornecedoras de refeições a tripulantes e passageiros.
Alguns destes aliciados eram os responsáveis por embarcar as drogas nas aeronaves com destino ao exterior. Um policial militar e um policial civil também foram cooptados por este grupo de traficantes. Ambos foram presos.
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