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Jornalismo

Confronto entre milicianos e traficantes gera pânico na zona oeste do Rio

Agentes do BOPE e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil realizaram, nesta 6ª feira (15.set), uma operação na região

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Agentes do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil realizaram, nesta 6ª feira (15.set), uma operação nas comunidades do Bateau Mouche e da Chacrinha, na zona oeste do Rio de Janeiro, para tentar colocar fim a uma guerra entre milicianos e traficantes. Segundo as investigações, a disputa pelo controle do território já dura pelo menos 20 anos.

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O confronto mais recente entre os dois grupos rivais aconteceu na última 4ª feira (13.set). A Polícia Militar foi acionada para reforçar o policiamento na região. Dois suspeitos foram mortos. Uma idosa foi baleada; ela foi socorrida e passa bem.

"Estamos impedidos de ir e vir. Não podemos fazer mais nada, porque nunca sabemos a que hora que vai começar a guerra", desabafa um morador da comunidade.

O retrato da violência ficou estampado nos buracos de bala cravados na parede de uma creche, que não funcionou nesta 6ª feira. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, seis unidades escolares da região fecharam as portas por causa dos confrontos. Com isso, mais de 1.300 alunos ficaram sem aulas.

Além disso, segundo a prefeitura do Rio de Janeiro, um posto de saúde também precisou suspender o funcionamento.

Para a pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Monique Carvalho, falta estratégia para combater o crime organizado. "Uma maior inteligência, em termos de políticas para segurança. Não é com operações policiais que aumentem o confronto, né? Mas, com uma gestão em que a investigação, de fato, [leve] à prisão dessas principais lideranças, desses principais grupos", argumenta a especialista.

"Nós queremos paz. Para sempre paz. É isso que a gente quer. O poder, né, o direito nosso de ir e vir em paz", conclui outro morador.

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