Agentes da PF chegam aos Emirados Árabes para prender Thiago Brennand
No Brasil, o empresário será levado a uma prisão destinada a suspeitos de crimes sexuais, em São Paulo
SBT News
A equipe da Polícia Federal, que fará a prisão de Thiago Brennand desembarcou nesta 5ª feira (27.abr), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Esta é a última fase do processo de extradição do empresário, que está detido em uma cadeia de Abu Dhabi.
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Brennand tem quatro prisões preventivas contra ele, decretadas pela Justiça de São Paulo, por crimes sexuais cometidos contra mulheres. "É um fato significativo e emblemático, na medida que, hoje, está muito claro que o mundo está menor para aqueles que pretendem escapar à ação da Justiça, para aqueles que cometem crimes e imaginam uma saída no exterior", observa o procurador-geral de Justiça do estado, Mario Sarrubbo.
O caso de Thiago Brennand se tornou um símbolo no combate à violência contra mulheres. Milionário e arrogante, ele ficou conhecido depois que imagens de uma câmera de segurança de uma academia de ginástica, na zona sul da capital paulista, gravaram o empresário dando um tapa no rosto de uma mulher.
A partir dali, várias mulheres procuraram o núcleo de atendimento às vítimas de violência do Ministério Público para denunciar o empresário. Para não ser preso, ele viajou para Dubai, em setembro do ano passado. De lá, postou vídeos em redes sociais para atacar acusadores e vítimas.
Há 10 dias, a pedido do governo brasileiro, ele acabou detido pela polícia dos Emirados Árabes Unidos. A extradição foi autorizada pela justiça do país.
Ainda não existe uma data certa para a chegada de Thiago Brennand ao Brasil. Mas, a expectativa é que isso aconteça durante o fim de semana. O avião com o preso vai pousar no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Em seguida, Brennand será levado para o Instituto Médico Legal, onde fará um exame de corpo de delito e, depois, para audiência de custódia. Ele deve ser transferido para o superlotado Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
Se condenado, o empresário pode pegar uma pena de mais de 30 anos de prisão. "Cada promotor ou promotora de Justiça fará o seu papel, naturalmente, como tem feito com qualquer outro réu. Deixar o país não é mais sinônimo de impunidade, mas também tem um lado importante: o poder econômico que hoje propicia essa fuga para países estrangeiros já não é mais tão relevante", conclui o promotor Mario Sarrubbo.
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